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Juiz segue STF e suspende ação contra Serra na Lava Jato

Força-tarefa da Lava Jato em SP contesta e diz que não usou provas de diligência questionada na Suprema Corte

Serra: suspensão foi criticada pela força-tarefa da Lava-Jato em São Paulo, responsável pela denúncia contra o tucano (Jane de Araújo/Agência Senado)

Serra: suspensão foi criticada pela força-tarefa da Lava-Jato em São Paulo, responsável pela denúncia contra o tucano (Jane de Araújo/Agência Senado)

AO

Agência O Globo

Publicado em 30 de julho de 2020 às 16h25.

O juiz Diego Moreira, da 6ª Vara Federal de São Paulo, seguiu a determinação do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, e suspendeu a ação aberta contra o senador José Serra (PSDB-SP) e a filha dele, Verônica Serra.

A suspensão foi criticada pela força-tarefa da Lava-Jato em São Paulo, responsável pela denúncia contra Serra, que a considerou indevida. Em nota, os procuradores afirmam que a denúncia não foi baseada em provas colhidas nas diligências que estão sendo contestadas na Justiça pelo senador.

O juiz Diego Moreira havia aceitado a denúncia contra Serra nesta quarta-feira, mesmo dia da decisão tomada pelo ministro Dias Toffoli.

"A denúncia se baseou em diligências e provas anteriores, sem qualquer relação com as diligências objeto da reclamação julgada liminarmente, e está inteiramente preservada quanto a seus efeitos", disseram em nota os procuradores da força-tarefa.

A força-tarefa entende que a decisão de Toffoli suspendeu, expressamente, apenas investigação pertinente à chamada Operação Revoada, não as apurações que tornaram Serra réu em ação apresentada e aceita pela 6ª Vara Federal. Reconhece, no entanto, que o juiz optou por tomar cautela diante da decisão do STF e que aguardará a retomada da ação penal, que já foi aceita pela Justiça e apenas ficará paralisada.

"Espera-se que a liminar seja levada com a urgência devida a julgamento colegiado pelo Supremo, em favor da resolução definitiva do caso, e da retomada das investigações e da ação, junto às autoridades que se mostrarem competentes", diz a nota do MPF-SP.

A ação suspensa refere-se à denúncia de lavagem de dinheiro oriundo de obras do Rodoanel, ocorrida entre 2006 e 2014, e que causou bloqueio de R$ 40 milhões em uma conta em nome do senador.

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