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Juiz da Lava Jato afirma temer "manobra" de políticos

Marcelo Bretas afirmou que políticos podem aprovar alguma lei contra o combate à corrupção "entre um Jingle Bells e uma rabanada"

Marcelo Bretas: "é possível que entre o dia 25, entre um Jingle Bells e uma rabanada, aprove-se alguma lei" (Fernando Frazão/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de dezembro de 2017 às 07h54.

Última atualização em 14 de dezembro de 2017 às 14h31.

São Paulo - O juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, afirmou que teme alguma "manobra" de políticos ainda neste ano contra o combate à corrupção no País.

Sem citar especificamente sobre qual tentativa estava se referindo, Bretas afirmou que políticos podem aprovar alguma lei "entre um Jingle Bells e uma rabanada".

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"Nós estamos nos aproximando agora do final do ano. É possível que entre o dia 25, entre um Jingle Bells e uma rabanada, aprove-se alguma lei", afirmou o magistrado em entrevista ao jornalista Pedro Bial, da TV Globo, exibida na madrugada desta quarta-feira, 13.

Para o juiz, o senso de autopreservação dos políticos coloca o País sob o risco de se aprovar leis para impedir o avanço de investigações. Mais uma vez, Bretas disse ser contra o foro privilegiado.

Durante a entrevista, o magistrado reforçou que seu trabalho está pautado na análise técnica dos processos, e não em inclinação política.

"Às vezes se diz que o Judiciário está perseguindo os políticos, isso não é verdade. Nós não perseguimos, mas também não protegemos."

Responsável pela ordem de prisão do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e por duas das sentenças que, no total, condenaram o político a seis décadas de pena, Bretas destacou ainda que "juiz não é político" e que não tem nenhuma aspiração na vida política. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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