Juiz alerta sobre risco acusados na Lava Jato fugirem
Sérgio Moro alerta sobre o risco de fuga do doleiro Alberto Youssef, alvo maior da operação
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2014 às 09h16.
São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba, enviou ontem ofício ao ministro do Supremo Tribunal Federal ( STF ), Teori Zavascki, em que informa sobre o risco de fuga do doleiro Alberto Youssef, alvo maior da Operação Lava Jato .
O juiz alerta que há indícios de que Youssef e a doleira Nelma Kodama "mantêm contas no exterior com valores milionários, facilitando eventual fuga ao exterior e com a possibilidade de manterem posse de eventual produto do crime".
Zavascki mandou soltar todos os investigados presos pela Lava Jato, acolhendo reclamação da defesa do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa. O ministro mandou que todos os outros processos da Lava Jato sejam enviados ao STF.
O juiz ressalta que seu objetivo é unicamente esclarecer o total alcance da decisão. "A fim de evitar que os processos, a ordem pública e a aplicação da lei penal sejam expostas a riscos por mera interpretação eventualmente equivocada de minha parte."
Moro informa o ministro que já mandou expedir alvará de soltura do engenheiro, mas consulta Zavascki para que esclareça sobre o "alcance da decisão, já que não foram nominados os acusados que devem ser soltos e os processos que devem ser remetidos ao Supremo".
O juiz assinala que outros processos da Lava Jato não têm Paulo Roberto Costa como denunciado. São investigações sobre tráfico de 698 quilos de cocaína e lavagem de dinheiro.
Ele cita René Luiz Pereira, acusado de ser mandante de remessa de 55 quilos da droga apreendidos em Valência, na Espanha.
"Há indícios de que (René) compõe grupo organizado transnacional com diversas conexões no exterior e dedicado profissionalmente ao tráfico de drogas", alerta o juiz federal.
Ele destaca que nesta ação penal são acusados Sleiman Nassim El Kobrossy, Maria de Fátima Stocker, Carlos Habib Chater, André Catão de Miranda e Alberto Youssef.
"Um deles, Sleiman, que não foi preso preventivamente, já está foragido. Outro está preso na Espanha. Assim, muito respeitosamente, indago à Vossa Excelência o alcance da decisão referida, se este feito de tráfico de drogas e lavagem também deve ser remetido ao Supremo e se devem ser colocados soltos os acusados neste feito, entre eles René Luiz Pereira, preso por risco à ordem pública pelos indícios de envolvimento em organização criminosa responsável por tráfico de cerca de 750 quilos de cocaína."
O juiz observa que, entre as ações originadas na Lava Jato, encontram-se três "que têm por objeto crimes financeiros e de lavagem de dinheiro envolvendo três grupos distintos dirigidos por supostos doleiros, Carlos Chater, Nelma Kodama e Alberto Youssef".
O juiz consulta o ministro se estas três ações penais devem ser remetidas ao STF e se devem ser colocados soltos Chater, Nelma e Youssef.
O juiz destaca que Nelma foi presa em flagrante nas vésperas da Lava Jato, em tentativa de fuga do País quando portava, no aeroporto de Guarulhos, 200 mil escondidos na roupa íntima.
Moro já deu expediente no STF. Até há pouco tempo atuava como juiz auxiliar no gabinete da ministra Rosa Weber. Atuou, por exemplo, no mensalão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba, enviou ontem ofício ao ministro do Supremo Tribunal Federal ( STF ), Teori Zavascki, em que informa sobre o risco de fuga do doleiro Alberto Youssef, alvo maior da Operação Lava Jato .
O juiz alerta que há indícios de que Youssef e a doleira Nelma Kodama "mantêm contas no exterior com valores milionários, facilitando eventual fuga ao exterior e com a possibilidade de manterem posse de eventual produto do crime".
Zavascki mandou soltar todos os investigados presos pela Lava Jato, acolhendo reclamação da defesa do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa. O ministro mandou que todos os outros processos da Lava Jato sejam enviados ao STF.
O juiz ressalta que seu objetivo é unicamente esclarecer o total alcance da decisão. "A fim de evitar que os processos, a ordem pública e a aplicação da lei penal sejam expostas a riscos por mera interpretação eventualmente equivocada de minha parte."
Moro informa o ministro que já mandou expedir alvará de soltura do engenheiro, mas consulta Zavascki para que esclareça sobre o "alcance da decisão, já que não foram nominados os acusados que devem ser soltos e os processos que devem ser remetidos ao Supremo".
O juiz assinala que outros processos da Lava Jato não têm Paulo Roberto Costa como denunciado. São investigações sobre tráfico de 698 quilos de cocaína e lavagem de dinheiro.
Ele cita René Luiz Pereira, acusado de ser mandante de remessa de 55 quilos da droga apreendidos em Valência, na Espanha.
"Há indícios de que (René) compõe grupo organizado transnacional com diversas conexões no exterior e dedicado profissionalmente ao tráfico de drogas", alerta o juiz federal.
Ele destaca que nesta ação penal são acusados Sleiman Nassim El Kobrossy, Maria de Fátima Stocker, Carlos Habib Chater, André Catão de Miranda e Alberto Youssef.
"Um deles, Sleiman, que não foi preso preventivamente, já está foragido. Outro está preso na Espanha. Assim, muito respeitosamente, indago à Vossa Excelência o alcance da decisão referida, se este feito de tráfico de drogas e lavagem também deve ser remetido ao Supremo e se devem ser colocados soltos os acusados neste feito, entre eles René Luiz Pereira, preso por risco à ordem pública pelos indícios de envolvimento em organização criminosa responsável por tráfico de cerca de 750 quilos de cocaína."
O juiz observa que, entre as ações originadas na Lava Jato, encontram-se três "que têm por objeto crimes financeiros e de lavagem de dinheiro envolvendo três grupos distintos dirigidos por supostos doleiros, Carlos Chater, Nelma Kodama e Alberto Youssef".
O juiz consulta o ministro se estas três ações penais devem ser remetidas ao STF e se devem ser colocados soltos Chater, Nelma e Youssef.
O juiz destaca que Nelma foi presa em flagrante nas vésperas da Lava Jato, em tentativa de fuga do País quando portava, no aeroporto de Guarulhos, 200 mil escondidos na roupa íntima.
Moro já deu expediente no STF. Até há pouco tempo atuava como juiz auxiliar no gabinete da ministra Rosa Weber. Atuou, por exemplo, no mensalão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.