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Jovens acham que educação sexual não deve ocorrer em casa

Levantamento mostra que 75% dos jovens acreditam que a educação sexual não deve ser ensinada em casa

Camisinha contra Aids: 70% dos jovens acham que essa formação está associada ao estímulo para o início da vida sexual (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2013 às 17h11.

Brasília - Levantamento feito pela Caixa Seguros mostra que 75% dos jovens acreditam que a educação sexual não deve ser ensinada somente em casa e 70% deles acham que essa formação está associada ao estímulo para o início da vida sexual. “A conversa com os pais é fundamental, ela faz com que o jovem se sinta muito mais à vontade para absorver e trabalhar as informações e as diferenças. Além disso, a pesquisa mostra que ter o professor como referência contribui para um jovem com maior nível de educação sexual”, defendeu Miguel Fontes, doutor em saúde pública e coordenador da pesquisa.

Sobre a diversidade de orientação sexual, a pesquisa Juventude, Comportamento e DST/Aids mostrou que 11% dos entrevistados não teriam amigos gays ou amigas lésbicas. Quando perguntados se ficariam incomodados por terem um professor homossexual, 9% se incomodariam, e quando a pergunta é sobre um irmão ou irmã, o número salta para 22%. “Eles não têm tanto preconceito quando é fora de casa. Se perguntar se você tem um amigo gay, eles são mais abertos a isso, um professor, um pouco menos, mas quando pergunta sobre a família, um irmão, a intolerância aumenta consideravelmente”, avalia Fontes.

Outro dado da pesquisa mostra que entre os jovens consultados, 38% aprovam a adoção de crianças por casais homossexuais.

O levantamento também revelou que a religiosidade não ajuda os jovens a serem mais tolerantes em termos de sexualidade. Pelo contrário, o fato de participar de grupo religioso e ter a Igreja como principal fonte de educação sexual reforça tabus.


O levantamento mostra ainda que os homens e as mulheres de 18 a 29 anos são mais educados sexualmente quando têm um professor como principal fonte de informação, quando não participam de grupos religiosos, quando têm um bom diálogo com os pais e quando não têm a Igreja como primeira fonte de informações sobre educação sexual.

“A visão contemporânea de educação sexual daqueles que não têm muitos preconceitos, tabus, os que aceitam as diferenças, os que reconhecem a importância da educação sexual em todas as etapas da vida, não só na escola, contribui para a saúde pública”, conclui Fontes.

Para o levantamento, feito em 2012, foram entrevistados 1.208 jovens entre 18 e 29 anos em 15 estados e no Distrito Federal, sendo 55% mulheres. Os critérios de coleta de dados são semelhantes aos adotados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O trabalho foi concebido e analisado pela John Snow Brasil Consultoria, e a coleta de dados foi feita pela Opinião Consultoria.

Atualizado às 18h11.

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Brasília - Levantamento feito pela Caixa Seguros mostra que 75% dos jovens acreditam que a educação sexual não deve ser ensinada somente em casa e 70% deles acham que essa formação está associada ao estímulo para o início da vida sexual. “A conversa com os pais é fundamental, ela faz com que o jovem se sinta muito mais à vontade para absorver e trabalhar as informações e as diferenças. Além disso, a pesquisa mostra que ter o professor como referência contribui para um jovem com maior nível de educação sexual”, defendeu Miguel Fontes, doutor em saúde pública e coordenador da pesquisa.

Sobre a diversidade de orientação sexual, a pesquisa Juventude, Comportamento e DST/Aids mostrou que 11% dos entrevistados não teriam amigos gays ou amigas lésbicas. Quando perguntados se ficariam incomodados por terem um professor homossexual, 9% se incomodariam, e quando a pergunta é sobre um irmão ou irmã, o número salta para 22%. “Eles não têm tanto preconceito quando é fora de casa. Se perguntar se você tem um amigo gay, eles são mais abertos a isso, um professor, um pouco menos, mas quando pergunta sobre a família, um irmão, a intolerância aumenta consideravelmente”, avalia Fontes.

Outro dado da pesquisa mostra que entre os jovens consultados, 38% aprovam a adoção de crianças por casais homossexuais.

O levantamento também revelou que a religiosidade não ajuda os jovens a serem mais tolerantes em termos de sexualidade. Pelo contrário, o fato de participar de grupo religioso e ter a Igreja como principal fonte de educação sexual reforça tabus.


O levantamento mostra ainda que os homens e as mulheres de 18 a 29 anos são mais educados sexualmente quando têm um professor como principal fonte de informação, quando não participam de grupos religiosos, quando têm um bom diálogo com os pais e quando não têm a Igreja como primeira fonte de informações sobre educação sexual.

“A visão contemporânea de educação sexual daqueles que não têm muitos preconceitos, tabus, os que aceitam as diferenças, os que reconhecem a importância da educação sexual em todas as etapas da vida, não só na escola, contribui para a saúde pública”, conclui Fontes.

Para o levantamento, feito em 2012, foram entrevistados 1.208 jovens entre 18 e 29 anos em 15 estados e no Distrito Federal, sendo 55% mulheres. Os critérios de coleta de dados são semelhantes aos adotados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O trabalho foi concebido e analisado pela John Snow Brasil Consultoria, e a coleta de dados foi feita pela Opinião Consultoria.

Atualizado às 18h11.

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