Exame Logo

Jorge Picciani tem R$ 4 milhões bloqueados pela Justiça

O presidente afastado da Alerj é acusado de lavar dinheiro de corrupção por meio de sua empresa de agropecuária

Picciani: também foram bloqueados R$ 2,28 milhões de seu filho Felipe Picciani e de duas empresas da família (Alerj/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de março de 2018 às 11h17.

Rio - A Justiça bloqueou nesta quinta-feira, 8, R$ 4 milhões em bens do presidente afastado da Assembleia Legislativa do Estado do Rio, Jorge Picciani (MDB).

Também foram bloqueados R$ 2,28 milhões de seu filho Felipe Picciani e de duas empresas da família. Pai e filho respondem por atos de improbidade administrativa e estão presos desde novembro do ano passado.

Veja também

A juíza Ana Paula Gomes de Almeida, da 6ª Vara de Fazenda Pública da Capital, determinou o bloqueio com base em "fortes indícios da prática de atos de improbidade administrativa que causam danos ao erário".

A empresa de agropecuária Agrobilara, de propriedade de Jorge Picciani e de seus filhos Leonardo Picciani, atual ministro do Esporte, e Rafael Picciani, deputado estadual pelo MDB-RJ, é citada nas investigações da Lava Jato no Rio.

Segundo delações premiadas, a Agrobilara lavou dinheiro de corrupção por meio da venda de vacas superfaturadas.

Os réus teriam usado a empresa e também a Agrocopa entre 2014 e 2015. A primeira teve R$ 2,1 milhões bloqueados na decisão da 6ª Vara e a segunda, R$ 1,2 milhão. André Monteiro, sócio de Felipe Picciani na Agrocopa, teve R$ 780 mil indisponibilizados.

De acordo com a Procuradoria da República, o "principal propósito" das empresas era lavar dinheiro de corrupção. O esquema se comunica, conforme os procuradores, com o do ex-governador Sergio Cabral (MDB), preso desde novembro de 2016.

Então presidente da Alerj, Picciani foi preso sob a acusação de receber propina da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor) entre os anos de 2010 e 2017. Ele teria ficado com R$ 77,2 milhões. O deputado teve pedido de prisão domiciliar negado pela Justiça Federal no mês passado.

A defesa de Jorge Picciani impetrou habeas corpus no Supremo Tribunal Federal, pedindo que ele deixe a cadeia de Benfica e siga para prisão domiciliar, por motivos de saúde.

Segundo os advogados de Picciani, o político não pode ficar na cadeia porque recentemente foi submetido a uma "complicadíssima cirurgia, de quase dez horas", em função de um câncer na bexiga.

Acompanhe tudo sobre:AgropecuáriaCorrupçãoRio de Janeiro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame