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J&F: seria impossível expor corrupção sem delação premiada

Nota oficial da J&F, holding da JBS, afirma que delação premiada, como a feita por seus executivos, é indispensável em combate à corrupção

Joesley Batista: J&F defendeu delação premiada como a de seus executivos para combater corrupção (Divulgação/Divulgação)

Joesley Batista: J&F defendeu delação premiada como a de seus executivos para combater corrupção (Divulgação/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de maio de 2017 às 18h33.

São Paulo - A J&F afirmou que seria impossível expor corrupção sem que pessoas que cometeram ilícitos admitissem os fatos e informassem como e com quem agiram, fornecendo indícios e provas. Em nota divulgada há pouco, a holding presidida por Joesley Batista afirmou que considera fundamental ressaltar a importância do mecanismo da colaboração premiada, "que está permitindo que o Brasil mude para melhor". O texto é uma resposta às notícias e comentários que questionam o grau de punição aos irmãos Batistas e aqueles que também contestam a veracidade dos áudios divulgados.

A empresa diz ainda que a colaboração de Joesley Batista e mais seis pessoas é "muito diferente de todas que já foram feitas até aqui". Ela afirma, que além da utilização de ação controlada, com autorização judicial, houve vastos depoimentos, subsidiados por documentos, que esclarecem o modus operandi do cerne do sistema político brasileiro.

"Quanto mais sólida e forte uma delação, maiores os graus de exposição e desgaste dos delatores. No caso dos sete executivos, eles assumiram e ainda assumem um enorme risco pessoal, com ameaças à sua vida e à segurança da sua família", afirma a J&F. "A possibilidade de premiação excepcional para uma colaboração igualmente excepcional é de grande importância para o êxito do mecanismo da colaboração premiada".

Sobre o áudio envolvendo o presidente Michel Temer, a companhia afirma que "Joesley Batista entregou para a Procuradoria Geral da República a íntegra da gravação e todos os demais documentos que comprovam a veracidade de todo o material delatado". E reitera que "não há chance alguma de ter havido qualquer edição do material original, porque ele jamais foi exposto a qualquer tipo de intervenção".

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