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Isolamento social sobe pouco e perde meta no primeiro dia do feriado em SP

"Os feriados não foram antecipados para diversão, lazer e viagem, foram antecipados para garantia da vida", disse Doria

 (Eduardo Frazão/Exame)

(Eduardo Frazão/Exame)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 21 de maio de 2020 às 12h46.

Última atualização em 21 de maio de 2020 às 15h58.

O isolamento social subiu pouco e não atingiu a meta no primeiro dia de feriado antecipado em São Paulo. Na terça-feira, a taxa de isolamento foi de 48% no estado e de 49% na capital. Na quarta-feira, primeiro dia de feriado, as taxas subiram para 49% no estado e 51% na capital.

"Temos que ir além. A recomendação da saúde é para que tenha um índice de 55%", disse o governador João Doria. "Os feriados não foram antecipados para diversão, lazer e viagem, foram antecipados para garantia da vida", completou.

Questionado sobre a possibilidade de lockdown, Doria disse que o dia era de notícias positivas e que os próximos passos seriam avaliados após a conclusão do megaferiado. A Assembleia Legislativa do estado vota hoje mais tarde sobre a antecipação do feriado de 9 de julho para a próxima segunda-feira.

São Paulo passou a marca dos 70 mil infectados, atingindo 73.739 casos e 5.558 mortes. Em um dia foram mais 4.080 testes positivos e 195 vítimas. A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 73% em todo o estado, e de 89,6% na grande São Paulo.

Mesmo com barreiras e até mandando turistas de volta para casa, houve queda no isolamento social do litoral no primeiro dia do feriadão, com um número alto de visitantes.

Houve queda no isolamento, por exemplo, em Ubatuba, (de 61% para 57%), Caraguatatuba (de 55% para 51%) e São Sebastião (de 63% para 61%), que restringiram a entrada de veículos.

Reunião

O governador avaliou como positiva a reunião hoje mais cedo com os governadores, o presidente Jair Bolsonaro e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.

"Quero registrar que estou pessoalmente feliz por termos concluído uma reunião, de parte a parte, pelos governadores e pela presidência da república, em paz e em harmonia com o objetivo de proteger os brasileiros, melhorar o enfrentamento à crise de saúde, à crise social e crise econômica, disse Doria.

"Não é hora de política. E essa reunião foi uma demonstração de sabedoria, de bom senso e de equilíbrio de todos que estavam ali dela participando presencialmente e remotamente", completou.

Doria também disse que em conversa mais cedo, o ministro da Saúde interino, Eduardo Pazuello garantiu a homologação de mais 1.800 leitos para atendimento à covid-19 no próximo dia 26. Prometeu ainda mais 300 respiradores, além dos 300 que o Ministério já havia anunciado que repassaria ao estado.

(Com Estadão Conteúdo)

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