Irmão de Weintraub deixa o governo para assumir cargo na OEA
Desde que seu irmão deixou o cargo em junho, Arthur convive com especulações de que também sairá do governo
Agência O Globo
Publicado em 15 de setembro de 2020 às 17h37.
Última atualização em 15 de setembro de 2020 às 21h28.
Assessor especial da Presidência e irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub , Arthur Weintraub anunciou nesta terça-feira que está deixando o governo para assumir um cargo na Organização dos Estados Americanos ( OEA ). A informação foi publicada em uma rede social.
Na publicação, Arthur aparece ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Ele afirma que foi uma "honra" trabalhar para o governo e agradeceu ao presidente pela oportunidade. A ideia de indicá-lo a um cargo na OEA já circulava em Brasília e Washington.
"Estou triste porque vou deixar o cargo de assessor do presidente Bolsonaro. Quero dizer para ele que foi uma honra, de coração, foi uma honra ter trabalhado para o senhor, essa oportunidade que o senhor me deu", afirmou.
Bolsonaro, por sua vez, elogiou Arthur e ressaltou que os irmãos Weintraub o apoiam desde antes da eleição presidencial de 2018, um período em que "quase ninguém" acreditava nele.
"Dois anos antes das eleições, o Arthur e seu irmão acreditaram na gente. Fizemos uma viagem ao Japão, Coreia do Sul e Taiwan, também conversamos muito em um momento em que quase ninguém acreditava na gente e tivemos o sucesso da eleição", lembrou o presidente, acrescentando que as portas do governo estão abertas para Arthur, caso ele queira retornar.
A informação de que Arthur assumiria o cargo na OEA, que tem sede na capital americana, foi comemorada pelo seu irmão no Twitter, que também trabalha na cidade, após assumir um posto no Banco Mundial. "Vou rever meu irmãozinho! Finalmente ele está chegando!", disse.
Desde que seu irmão deixou o cargo, em junho, e saiu do Brasil às pressas, Arthur convive com especulações de que também sairá do governo. A perspectiva chegou a ser comemorada entre servidores do Planalto. Alguns colegas comentam, em reservado, que ele ocupa um cargo alto demais para “não fazer nada de concreto” e que vivia “na sombra do irmão”. Atribuem ainda sua nomeação a uma recompensa por ter atuado na campanha de Bolsonaro, para a qual foi convidado pelo atual ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni. Nos últimos tempos, contam auxiliares palacianos, Arthur tem ficado “escanteado”.