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Irmão de PC Farias nega envolvimento no crime

O ex-deputado Augusto Farias negou, em depoimento na manhã desta terça-feira, ter envolvimento com a morte do empresário e de sua namorada, Suzana Marcolino

O empresário Paulo César Farias, conhecido como PC Farias, em foto de 1992 (ANTONIO MILENA/VEJA)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2013 às 14h29.

São Paulo - O ex-deputado Augusto Farias, irmão de PC Farias, negou na manhã desta terça-feira, 7, ter envolvimento com a morte do empresário e de sua namorada, Suzana Marcolino.

"Nunca imaginei vir a esta terra e ser imputado de matar meu ente querido", declarou o ex-deputado durante depoimento no segundo dia do julgamento dos quatro policiais acusados de envolvimento no crime.

Para a família de Suzana Marcolino, Augusto Farias seria o mandante do assassinato do irmão. O ex-deputado chegou a ser indiciado, mas o inquérito foi arquivado em 2002 por falta de provas.

O casal foi encontrado morto a tiros no dia 23 de junho de 1996, na casa de praia do empresário, em Guaxuma, no litoral norte de Alagoas.

Augusto Farias foi o primeiro a chegar ao local do crime, depois de ser avisado pelo policial militar Reinaldo Correia de Lima Filho, um dos réus.

"Eu me questiono: e se não tivesse sido eu o primeiro a chegar? Se tivessem sido o Carlos Gilberto, Luiz Romero, Cláudio ou o Rogério, eles ainda iriam me colocar como suspeito?", questionou, se referindo aos demais irmãos do empresário Paulo César Farias.

O ex-deputado afirmou ainda que o empresário sabia que era traído por Suzana Marcolino. Segundo ele, Caio Ferraz do Amaral, a quem o ex-deputado chamou de procurador da família em São Paulo, disse que havia contratado um detetive para investigar a vida de Suzana e uma suposta traição em São Paulo. "Em seguida, entregou um relatório ao Paulo [César]", informou.


Augusto Farias declarou que havia conversando com o irmão sobre seu relacionamento com Suzana, que não teria o apoio da família. "Cabia a mim, como irmão, como amigo, dizer a opinião da família sobre a Suzana", ressaltou. "Eu disse a ele [Paulo César] quem ela era."

Antes do ex-deputado, sua ex-namorada Milane Valente de Melo prestou depoimento. Ao júri relatou ter sido ameaçada dias depois da morte do casal. Milane afirmou ainda que o ex-deputado Augusto Farias paga os honorários do advogado de defesa dos quatro réus e pelo menos dois deles trabalham atualmente para o ex-parlamentar.

A tese sustentada pela defesa é a mesma da polícia alagoana, de que Suzana matou PC Farias e depois cometeu suicídio. Nessa segunda, 6, Augusto Farias afirmou acreditar na inocência dos policiais.

Já o Ministério Público acredita em duplo homicídio e acusa os quatro réus de coautoria do crime e omissão, já que faziam a segurança do local onde o casal morreu.

Para a promotoria, a morte de PC Farias foi "queima de arquivo". O empresário foi tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor (PTB), era réu em processos por crimes financeiros e foi o centro das denúncias de corrupção que resultaram no impeachment de Collor.

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São Paulo - O ex-deputado Augusto Farias, irmão de PC Farias, negou na manhã desta terça-feira, 7, ter envolvimento com a morte do empresário e de sua namorada, Suzana Marcolino.

"Nunca imaginei vir a esta terra e ser imputado de matar meu ente querido", declarou o ex-deputado durante depoimento no segundo dia do julgamento dos quatro policiais acusados de envolvimento no crime.

Para a família de Suzana Marcolino, Augusto Farias seria o mandante do assassinato do irmão. O ex-deputado chegou a ser indiciado, mas o inquérito foi arquivado em 2002 por falta de provas.

O casal foi encontrado morto a tiros no dia 23 de junho de 1996, na casa de praia do empresário, em Guaxuma, no litoral norte de Alagoas.

Augusto Farias foi o primeiro a chegar ao local do crime, depois de ser avisado pelo policial militar Reinaldo Correia de Lima Filho, um dos réus.

"Eu me questiono: e se não tivesse sido eu o primeiro a chegar? Se tivessem sido o Carlos Gilberto, Luiz Romero, Cláudio ou o Rogério, eles ainda iriam me colocar como suspeito?", questionou, se referindo aos demais irmãos do empresário Paulo César Farias.

O ex-deputado afirmou ainda que o empresário sabia que era traído por Suzana Marcolino. Segundo ele, Caio Ferraz do Amaral, a quem o ex-deputado chamou de procurador da família em São Paulo, disse que havia contratado um detetive para investigar a vida de Suzana e uma suposta traição em São Paulo. "Em seguida, entregou um relatório ao Paulo [César]", informou.


Augusto Farias declarou que havia conversando com o irmão sobre seu relacionamento com Suzana, que não teria o apoio da família. "Cabia a mim, como irmão, como amigo, dizer a opinião da família sobre a Suzana", ressaltou. "Eu disse a ele [Paulo César] quem ela era."

Antes do ex-deputado, sua ex-namorada Milane Valente de Melo prestou depoimento. Ao júri relatou ter sido ameaçada dias depois da morte do casal. Milane afirmou ainda que o ex-deputado Augusto Farias paga os honorários do advogado de defesa dos quatro réus e pelo menos dois deles trabalham atualmente para o ex-parlamentar.

A tese sustentada pela defesa é a mesma da polícia alagoana, de que Suzana matou PC Farias e depois cometeu suicídio. Nessa segunda, 6, Augusto Farias afirmou acreditar na inocência dos policiais.

Já o Ministério Público acredita em duplo homicídio e acusa os quatro réus de coautoria do crime e omissão, já que faziam a segurança do local onde o casal morreu.

Para a promotoria, a morte de PC Farias foi "queima de arquivo". O empresário foi tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor (PTB), era réu em processos por crimes financeiros e foi o centro das denúncias de corrupção que resultaram no impeachment de Collor.

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