Interventor Braga Netto enfrenta desafios após morte de Marielle
ÀS SETE - Nesta segunda-feira, o general terá um dia com reuniões políticas focadas no assassinato da vereadora
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2018 às 06h28.
Última atualização em 19 de março de 2018 às 07h11.
O general Braga Netto, interventor da Segurança no Rio de Janeiro, terá um dia com reuniões políticas focadas no assassinato da vereadora Marielle Franco, na última quarta-feira. Vai encontrar, pela manhã, integrantes da comissão externa que acompanha a intervenção federal no Rio e o Observatório Legislativo da Intervenção Federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro (Olerj). Também estará com eles o secretário de Segurança Pública do Estado, general Richard Fernandez Nunes.
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A pauta do encontro não é pública, mas deve passar pelos poucos resultados efetivos atingidos pela operação no seu primeiro mês, que ainda terminou com a trágica execução da Marielle.
O assassinato impôs um desafio a mais para a já complicada tarefa da intervenção. Se não for resolvido rapidamente, colocará em descrédito o trabalho desenvolvido pelas forças armadas.
Ainda hoje, Braga Netto também deve ser reunir com parlamentares do PSOL, partido de Marielle. Os políticos devem levar ao general propostas para a segurança pública da vereadora assassinada, relatora da Comissão da Câmara de Vereadores do Rio criada para acompanhar a intervenção federal.
O general Braga Netto se pronunciou sobre a morte apenas por uma nota, na qual disse que “repudia ações criminosas como a que culminou na morte da vereadora Marielle Franco e de Anderson Pedro Gomes”. Ele afirma ainda que “acompanha o caso em contato permanente com o Secretário de Estado de Segurança”. Ontem, em uma visita à Vila Kennedy, comunidade que serve de base para a experiências da intervenção, Braga Netto mais uma vez não quis falar sobre o assunto e recusou contatos da imprensa.
Enquanto isso, em Brasília, uma reunião do presidente Michel Temer (MDB) com ministros definiu que os recursos destinados à intervenção devem vir de uma medida provisória que abrirá crédito extraordinário para o Rio e “ficará na casa do bilhão”. A conta da intervenção fica mais cara a cada nova dificuldade.