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Insatisfação com governo cresce; Relatório da Previdência na terça; Governo vai liberar mais de R$100 bi em compulsório

Paulo Guedes: governo vai liberar mais de R$100 bi em compulsório (Pablo Valadares/Câmara dos Deputados/Reprodução)

Paulo Guedes: governo vai liberar mais de R$100 bi em compulsório (Pablo Valadares/Câmara dos Deputados/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2019 às 07h10.

Última atualização em 28 de junho de 2019 às 07h34.

Assessor de ministro do Turismo é preso

Na manhã desta quinta-feira, 27, um assessor especial do ministro e dois coordenadores de campanha foram presos pela Polícia Federal (PF) em decorrência da operação que investiga um suposto esquema de candidaturas laranjas pelo partido PSL, do presidente Jair Bolsonaro. A Justiça justificou as prisões com base em provas e depoimentos que indicam que os três presos tiveram participação ativa no esquema do PSL de Minas Gerais. Segundo a PF, Mateus Von Rondon, assessor especial do ministro Álvaro Antônio, foi preso em Brasília por ser a principal fonte entre o partido em Minas e as empresas investigadas na operação Sufrágio Ostentação.

Insatisfação com governo Bolsonaro cresce em junho

A insatisfação dos brasileiros com o governo Bolsonaro cresceu de 27% para 32% de abril para junho, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira, 27. O levantamento foi encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A pesquisa mostra também que, para 32% dos brasileiros, o governo de Jair Bolsonaro é ótimo ou bom. Esse percentual era de 35% em abril. Dos entrevistados, 46% afirmam confiar no presidente e aprovam a sua maneira de governar, ante 51% registrados na pesquisa anterior. Os que afirmam não confiar em Bolsonaro aumentaram de 45% para 51%. O maior crescimento de insatisfação foi registrado na área de Educação, na qual o percentual dos que desaprovam a atuação do governo avançou 10 pontos percentuais, de 44% para 54%. Outras áreas com grandes taxas de reprovação são Taxa de juros (59%), Impostos (61%), Saúde (56%), Combate ao desemprego (54%). Já as áreas mais bem avaliadas são Segurança pública (54%), Meio ambiente (46%), Combate à inflação (45%) e Combate à fome e a pobreza (43%).

Leitura do relatório da Previdência será terça

A leitura do voto complementar à reforma da Previdência, que deveria ter acontecido nesta quinta-feira, 27, deve ser realizada na próxima terça-feira 2, no período da tarde, na comissão especial que analisa a matéria. A informação é de líderes que se reuniram pela manhã com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Segundo o líder do Novo na Câmara, deputado Marcel Van Hattem (RS), terça-feira deve acontecer a leitura do voto complementar do relator Samuel Moreira (PSDB-SP), após a reunião de Maia com governadores na manhã do dia. “O mais sensível agora é ter os votos desses governadores (para incluir os estados na reforma)”, disse Van Hattem. Os líderes esperam para incluir os estados na reforma a “contrapartida” dos governadores, que são os votos das bancadas estaduais.

Santos Cruz: dinheiro desperdiçado no governo é impressionante

O general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo, criticou nesta quinta-feira, 27, durante o 14º Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) em São Paulo, o desperdício de recursos públicos no Executivo Federal. “Nestes meus seis meses de governo, o que vi de dinheiro desperdiçado e dinheiro jogado no ralo é impressionante”, afirmou Santos Cruz durante, sem entrar em detalhes sobre quais setores do governo fazem este desperdício. Santos Cruz foi demitido em 13 de junho pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele disse não saber os motivos que levaram ele a sair do governo, mas afirmou ver como normal trocas em ministérios e empresas estatais. “Como diz o Reginaldo (Rossi), meu caso é mais um que é banal”, disse, arrancando risos da plateia. “Eu não vou criticar a forma para não ser antiético. Eu acho absolutamente normal, eu não sei os motivos, eu não perguntei.”

BC reduz projeção para o PIB

O Banco Central reduziu sua projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2019 para 0,8%, de uma estimativa anterior em março de expansão de 2,0%. No Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira, 27, a autoridade monetária atribuiu a mudança à retração da atividade no primeiro trimestre e à ausência de sinais nítidos de recuperação nos primeiros indicadores divulgados para o segundo trimestre. O BC também citou o recuo dos indicadores de confiança de empresas e consumidores, destacando os impactos sobre as perspectivas de consumo e investimento, e salientou que a economia segue operando com elevado nível de ociosidade dos fatores de produção. Com a redução da projeção, o BC segue a leitura do mercado, que vem repetidamente revisando para baixo seu cenário para a economia.

Vender ações da JBS é prioridade para BNDES

Uma das primeiras medidas da nova gestão do BNDES deve ser vender ações na fabricante de alimentos JBS. O banco de fomento estatal, que anunciou há uma semana Gustavo Montezano como novo presidente, é dono de 21% da companhia controlada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista — o equivalente a 12 bilhões de reais. A venda das ações cumpriria dois objetivos, segundo EXAME apurou. Primeiro, ajudaria a acelerar o plano de desinvestimentos do banco para devolver recursos ao caixa do governo. A lentidão na devolução de 100 bilhões de reais ao governo foi um dos motivos apontados para a saída de Joaquim Levy no dia 16 de junho. O outro objetivo seria marcar uma quebra com as práticas dos governos anteriores. A JBS é vista pelo governo como uma empresa aliada ao PT, por ter financiado sua expansão internacional com recursos públicos obtidos nos governos Lula e Dilma.

Governo vai liberar mais de R$100 bi em compulsório

Após a liberação na quarta-feira, 26, pelo Banco Central de 16,1 bilhões de reais em compulsórios, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo pretende liberar mais de 100 bilhões de reais desses recursos no futuro para estimular o crédito privado. “Nosso primeiro desafio é a reforma da Previdência, mas faremos também a reforma tributária e o Pacto Federativo. Estamos desestatizando o mercado de crédito e ontem (quarta) o Banco Central já liberou compulsórios para aumentar o crédito privado. Vão vir mais de 100 bilhões de reais de liberação de compulsório no futuro”, disse Guedes após encontro com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), também estava presente no encontro.

Twitter vai diminuir alcance de políticos que violam regras

A administração da rede social Twitter anunciou nesta quinta-feira, 27, que vai passar a restringir o alcance de tuítes de políticos que violem as regras de uso da plataforma, o que pode afetar as contas do presidente brasileiro Jair Bolsonaro e do norte-americano Donald Trump. Mesmo com o fortalecimento das regras da plataforma nos últimos anos, a empresa dava mais liberdade a políticos importantes, independente do conteúdo publicado, pelo interesse público das postagens. Agora, depois de ser pressionada, assim como o Facebook e o Google, a rede social adota uma postura mais firme para tentar resolver a questão da veiculação de discurso de ódio online. Os tuítes não serão deletados, mas exibirão uma mensagem da empresa.

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