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Inquérito contra Paulo Skaf sai das mãos de Moro e vai para SP

O inquérito contra o presidente da Fiesp foi aberto após Marcelo Odebrecht delatar que foram pagos R$ 2,5 mi ao político durante a campanha de 2014

Skaf: o caso será enviado à Justiça Federal de São Paulo (Ayrton Vignola/Skaf 15/Divulgação)

Skaf: o caso será enviado à Justiça Federal de São Paulo (Ayrton Vignola/Skaf 15/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de junho de 2017 às 11h51.

Brasília - O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), retirou do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara de Curitiba, um inquérito aberto contra o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, com base na delação da Oderebcht. O caso será enviado à Justiça Federal de São Paulo.

Segundo Marcelo Odebrecht foram repassados R$ 2,5 milhões a Skaf durante a campanha de 2014. A solicitação foi feita por Benjamin Steinbruch, presidente à época da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), e paga pelo setor de propina da Odebrecht. Os recursos não teriam sido declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No agravo enviado ao STF, Skaf argumentou que o caso não deveria ir para Moro já que os fatos envolveriam "apenas contribuições eleitorais" ocorridas quando disputou o governo de São Paulo. Steinbruch também alegou que o episódio não tinha relação com o esquema de desvio da Petrobras.

Em sua decisão, Fachin disse que "à luz dessas considerações", o caso deveria ser remetido à Seção Judiciária de São Paulo.

Lula e Cunha

Na última terça-feira, 20, o ministro já tinha determinado que duas frentes de investigação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com base na delação de executivos da Odebrecht, fossem retiradas de Moro e enviadas à Justiça Federal do Distrito Federal.

Uma terceira investigação contra Lula ficará com a Justiça Federal de São Paulo. Fachin também determinou que fosse enviada à Justiça Federal do Distrito Federal a investigação sobre a suspeita de que o ex-deputado federal Eduardo Cunha contratou a empresa de segurança privada Kroll para conter a Lava Jato.

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