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Influência do La Niña: escassez de chuvas e temperaturas baixas; veja como será a primavera

Estação chega com o fim do inverno em 22 de setembro, às 9h44 (horário de Brasília)

La Niña é um fenômeno de resfriamento das temperaturas superficiais no oceano Pacífico (Foto/AFP)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 28 de agosto de 2024 às 06h36.

Apesar de alguns dias frios, o inverno ainda segue atípico e regado de altas temperaturas. A estação se encerra em 22 de setembro, às 9h44 (horário de Brasília), e dá espaço para a primavera. Por sua vez, a época, marcada pelo reflorescimento, será influenciada pelachegada do fenômeno La Niña.

O evento fará com que a estação seja menos quente, já que se trata do resfriamento das camadas superficiais do Oceano Pacífico Tropical, até aproximadamente cem metros de profundidade, na região equatorial próxima ao Peru e Equador.

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Segundo a meteorologista Danielle Ferreira, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a característica da próxima estação já é vista ao longo do inverno. A segunda quinzena de julho e o mês de agosto tem os valores de temperatura no Oceano Pacífico equatorial se mantendo abaixo de zero, próximos de 0,0°C, o que condiz com a condição chamada de neutralidade, pelo órgão.

"Nos próximos meses espera-se que este resfriamento se intensifique e fique abaixo de - 0,5°C, condição para o início do fenômeno La Niña. Os modelos de centros internacionais de monitoramento do fenômeno preveem seu início para trimestre setembro, outubro e novembro, porém ele terá curta duração e intensidade fraca", explicou.

Ainda de acordo com a especialista, a previsão do Inmet indica temperaturas acima da média climatológica em praticamente todo o país, especialmente em áreas do Maranhão e Piauí, onde os valores podem ultrapassar os 30°C. Em áreas do leste da Região Sudeste e grande parte da Região Sul, as temperaturas médias devem ser próximas da climatologia e não visam ultrapassar os 25°C.

Efeitos provocados pelo La Niña

Oposto ao El Niño, que acarretou altas temperaturas na primavera de 2023, o fenômeno prevê secas no Sul e aumento das precipitações nas regiões Norte e Nordeste. No entanto, só devem acontecer no final da temporada ou início do verão, já de forma menos intensa. Já no Sudeste e Centro-Oeste, os efeitos podem variar. A primavera e verão podem ter chuvas abaixo da média, o que pode afetar a agricultura e os reservatórios de água.

"Espera-se uma primavera com chuvas acima da média em áreas do Amazonas, Acre, Rondônia, sul do Pará e Mato Grosso, a partir de outubro. O sul do Mato Grosso do Sul e de São Paulo, além da Região Sul ainda receberão chuvas por conta da passagem de sistemas frontais. As chuvas ainda serão escassas sobre as regiões Centro-Oeste e Sudeste ", disse Danielle.

A estação termina 21 de dezembro de 2024, quando se inicia o verão.

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