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Indústria contraria previsões e cai em dezembro

A produção da indústria brasileira retraiu 0,7 por cento em dezembro ante novembro

Linha de produção de carro: setor liderou o crescimento da indústria (Germano Lüders/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2011 às 12h45.

Rio de Janeiro - A atividade industrial brasileira perdeu força no fim do ano passado, mas conseguiu encerrar 2010 com a melhor performance em mais de duas décadas devido à forte performance do começo do ano.

A produção caiu 0,7 por cento em dezembro ante novembro, quando recuou 0,2 por cento, e cresceu apenas 2,7 por cento sobre igual mês de 2009, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

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Analistas consultados pela Reuters projetavam alta mês a mês de 0,85 por cento --com faixa de previsões de 0,4 a 1,5 por cento-- e avanço anual de 5,3 por cento --com estimativas entre 4,5 a 6,9 por cento.

Em 2010 como um todo, a expansão foi de 10,5 por cento, a maior desde 1986, após retração de 7,4 por cento em 2009, quando a economia brasileira sofria com os efeitos da crise econômica mundial.

No quarto trimestre, a atividade cresceu 3,3 por cento sobre igual período do ano anterior, mas teve variação negativa de 0,1 por cento sobre o terceiro trimestre.

Em dezembro sobre novembro, 11 setores tiveram queda e 15 apuraram crescimento da produção. Os destaques de baixa foram Material eletrônico e equipamentos de comunicações (-13,3 por cento) Metalurgia básica (-4,2 por cento) e Edição e impressão (-2,5 por cento).

Entre as categorias de uso, três registraram recuo: bens de consumo duráveis (-0,6 por cento), bens de consumo semi e não duráveis (-0,4 por cento) e bens de capital (-0,5), enquanto a produção de bens intermediários ficou estável.

Na comparação com dezembro de 2009, houve crescimento em 19 dos 27 setores, com destaque para Veículos automotores (12,1 por cento), Indústrias extrativas (10,4 por cento) e Máquinas e equipamentos (6,2 por cento).

Nas categorias de uso, todos os segmentos foram positivos, sendo as maiores altas de bens de capital (6,2 por cento) e bens de consumo duráveis (6,0 por cento). A atividade de bens intermediários cresceu 2,7 por cento e a de bens de consumo semi e não duráveis, 0,4 por cento.

Em 2010, 25 dos 27 setores industriais tiveram crescimento da produção, liderador por Veículos automotores (24,2 por cento).

O primeiro semestre do ano passado teve a expansão mais forte, de 16,2 por cento, já que no primeiro trimestre a indústria vinha sendo estimulada por incentivos fiscais para alguns setores.

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