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Indonésia mantém pena de morte para brasileiro

Rodrigo Gularte está entre os que serão executados neste mês, depois que os pedidos de clemência do governo brasileiro tenham sido rechaçados pela Indonésia


	Brasileiro Rodrigo Gularte está entre os que serão executados neste mês, depois que os pedidos de clemência do governo brasileiro tenham sido rechaçados pela Indonésia
 (Dita Alangkara/AP)

Brasileiro Rodrigo Gularte está entre os que serão executados neste mês, depois que os pedidos de clemência do governo brasileiro tenham sido rechaçados pela Indonésia (Dita Alangkara/AP)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 09h52.

Bangcoc - O presidente da Indonésia, Joko Widodo, defendeu nesta terça-feira o direito de seu governo utilizar a pena de morte e assegurou que serão realizadas as execuções previstas de 11 réus, sete deles estrangeiros, informou imprensa local.

O brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte está entre os que serão executados neste mês, depois que os pedidos de clemência do governo brasileiro tenham sido rechaçados por Widodo, que também desprezou pedidos da Austrália e França para seus cidadãos.

"Ninguém deveria intervir na execução da pena capital porque é nossa soberania legal, nossa soberania política", disse Widodo, segundo o jornal "Jakarta Post",

Widodo fez estas declarações ao defender sua decisão de retirar o representante indonésio no Brasil, Toto Riyanto, depois que a presidente brasileira, Dilma Rousseff, se negou a receber suas cartas credenciais como embaixador.

A Indonésia ameaçou revisar seus compromissos bilaterais, inclusive a compra de equipamento militar, devido ao conflito diplomático que começou em janeiro depois que o país asiático executou outro brasileiro, Marco Archer Cardoso Moreira.

Esta rodada de execuções também deteriorou as relações entre Indonésia e Austrália, cujo primeiro-ministro, Tony Abbott, pediu clemência para dois australianos após lembrar a ajuda prestada por Canberra ao país asiático após o tsunami de 2004.

"Durante o tsunami recebemos ajuda humanitária de 56 países, incluída a Austrália. Se não for considerada ajuda humanitária, a devolveremos", disse o vice-presidente indonésio, Jusuf Kalla, segundo o "Jakarta Globe".

A data das execuções, que estavam previstas para este mês, ainda não foi fixada e será anunciada com 72 horas de antecedência.

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