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Indonésia adia execução de brasileiro condenado por tráfico

A realização do Congresso Ásia-África, previsto para ocorrer entre os dias 18 e 24 deste mês, é a principal razão para a suspensão


	Angelita Muxfeldt, parente de Rodrigo Gularte, fala à mídia sobre a doença mental do prisioneiro: o governo federal e familiares de Gularte alegam que ele sofre de esquizofrenia
 (REUTERS/Antara Foto/Yudhi Mahatma)

Angelita Muxfeldt, parente de Rodrigo Gularte, fala à mídia sobre a doença mental do prisioneiro: o governo federal e familiares de Gularte alegam que ele sofre de esquizofrenia (REUTERS/Antara Foto/Yudhi Mahatma)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2015 às 10h31.

Bangcoc - A Indonésia afirmou nesta quinta-feira que a execução de vários réus condenados por narcotráfico no país, incluindo o brasileiro Rodrigo Gularte, será adiada até depois do encerramento do Congresso Ásia-África, previsto para ocorrer entre os dias 18 e 24 deste mês.

"A realização do próximo Congresso Ásia-África é a principal consideração para a suspensão", disse o porta-voz da procuradoria da Indonésia, Tonny Spontana, que afirmou anteriormente que as execuções seriam feitas em abril, informou o jornal "Jakarta Post".

As autoridades do país não querem executar os presos enquanto líderes dos dois continentes estiverem na Indonésia para o evento, que celebra também o 60ª aniversário da Conferência de Bandung.

São 11 os réus no corredor da morte à espera da execução, entre eles franceses, filipinos, nigerianos e ganeses. O brasileiro Rodrigo Gularte foi preso em 2004 com vários quilos de cocaína escondidos em uma de suas pranchas de surf.

O governo federal e familiares de Gularte alegam que ele sofre de esquizofrenia, por isso não deveria ser executado.

Apesar dos pedidos de clemência por parte da presidente Dilma Rousseff, do primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, e do presidente da França, François Hollande, o líder indonésio, Joko Widodo, reiterou a firmeza de seu governo contra o narcotráfico e descartou as solicitações.

Em janeiro, a Indonésia fuzilou seis presos acusados de narcotráfico, entre eles Marco Archer Cardoso Moreira, o que causou uma crise diplomática entre o país asiático e o Brasil.

A Indonésia, que retomou as execuções de réus em 2013, mantém 133 prisioneiros no corredor da morte, 57 acusados por tráfico de drogas, dois por terrorismo e 74 por outros crimes.

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