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Índice de insatisfação social no Brasil é um dos que mais crescem

Se no mundo essa taxa aumentou em média 0,7 pontos, numa escala de zero a cem, no Brasil o salto foi de 5,5 pontos, segundo a OIT

Brasil: entre 2015 e 2016, o Brasil passou de 25 pontos para 30,5, enquanto a média mundial ficou em 22 pontos (Tomaz Silva/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de janeiro de 2017 às 22h00.

Genebra - Os índices de insatisfação social no Brasil estão entre os que mais crescem no mundo. Os dados fazem parte do informe sobre desemprego da Organização Internacional do Trabalho ( OIT ).

Se no mundo essa taxa aumentou em média 0,7 pontos, numa escala de zero a cem, no Brasil o salto foi de 5,5 pontos.

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"Trata-se de um dos maiores aumentos do mundo em 2016", confirmou o economista-senior da OIT, Steven Tobin. Segundo ele, uma das formas de medir esse mal-estar social é o número de greves, manifestações de ruas e protestos.

Entre 2015 e 2016, o Brasil passou de 25 pontos para 30,5, enquanto a média mundial ficou em 22 pontos.

Para a OIT, a onda migratória, a insatisfação popular e as tensões sociais no mundo estão intimamente relacionadas a essa realidade no mundo do trabalho.

"As incertezas globais e a falta de trabalhos decentes estão na base do descontentamento social e na migração", alertou a entidade em seu informe.

Entre 2009 e 2016, a parcela da população com idade de trabalhar migrando de suas regiões foi elevada, principalmente nos países árabes e latino-americanos.

Na América Latina, 30% da população indicou que está disposta a abandonar seus países.

A previsão da entidade é de que, diante desse cenário, a onda migratória não perderá força nos próximos anos.

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