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Independência da Bahia: o que é e por que pode virar feriado nacional?

Proposta do governo destaca o papel decisivo dos baianos na independência do Brasil, reforçando a importância histórica da data para o país

Lula: presidente assina o Projeto de Lei que cria o Dia Nacional da Consolidação da Independência, no Palácio do Planalto (Ricardo Stuckert/PR/Divulgação)

Lula: presidente assina o Projeto de Lei que cria o Dia Nacional da Consolidação da Independência, no Palácio do Planalto (Ricardo Stuckert/PR/Divulgação)

Estela Marconi
Estela Marconi

Freelancer

Publicado em 2 de julho de 2025 às 11h12.

O presidente Lula encaminhou ao Congresso Nacional, nesta segunda-feira, 30, um projeto de lei que transforma o dia 2 de julho em uma data nacional.

O dia 2 de julho é tradicionalmente comemorado como o Dia da Independência da Bahia, data que virou feriado regional no estado e representa a resistência da população baiana contra o domínio colonial português. A data marca a expulsão definitiva das tropas portuguesas da Bahia em 1823, consolidando definitivamente a independência do Brasil, proclamada no ano anterior.

Em um vídeo publicado no X (antigo Twitter), Lula assinou o PL e defendeu que a data deveria ser comemorada por todo o país. “É verdade que Dom Pedro I fez o grito da independência, mas pouca gente sabe que foi no dia 2 de julho de 1823 que, na Bahia, os baianos conseguiram fazer com que os portugueses voltassem a Portugal definitivamente”, disse o presidente.

Para ele, “a aprovação desse projeto e sua promulgação vão mostrar ao Brasil inteiro que, além de Dom Pedro I, o povo baiano teve muito a ver com a nossa independência.”

Por que a Independência da Bahia é comemorada?

O estado da Bahia se tornou símbolo de resistência ao imperialismo português, reunindo uma população que se opunha fortemente às tropas portuguesas que permaneciam no território, mesmo após o grito do Ipiranga de Dom Pedro I, em 7 de setembro de 1822.

Segundo dados históricos disponíveis no site da Secretaria de Infraestrutura do Governo da Bahia, a luta se intensificou no início de 1823, quando as forças baianas passaram a buscar abrigo e se reorganizar na região do Recôncavo, o que iniciou um cerco a Salvador - que concentrava militares e comerciantes portugueses. 

A mobilização envolveu tropas locais, voluntários e líderes como Maria Quitéria e Joana Angélica, figuras históricas desse processo.

Os confrontos se estenderam por meses até que, em 2 de julho de 1823, as forças de Portugal foram definitivamente expulsas da capital. Este episódio consolidou, de fato, o que historiadores chamam de “a verdadeira independência no Brasil”. Até hoje, a data é celebrada com festas, cortejos e desfiles em Salvador e outras cidades do estado.

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