Incêndio: "o shopping tem três andares e a estrutura está totalmente danificada, isso dificulta nossa entrada", disse um dos bombeiros (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 24 de novembro de 2016 às 18h12.
O incêndio no Shopping Brás, no centro da capital paulista, ainda não foi controlado.
Após quase 18 horas de fogo, o Corpo de Bombeiros segue trabalhando para controlar os focos que estão na estrutura interna do prédio. O incêndio começou por volta das 22h30 de ontem (23).
"O shopping tem três andares e a estrutura está totalmente danificada, isso dificulta nossa entrada. É um risco muito grande para o bombeiro entrar. Então adotamos a estratégia de combate externo: os bombeiros ficam do lado de fora, próximos da fachada", disse o bombeiro Capitão Matsuo, que participa da operação.
A Defesa Civil aguarda o término dos trabalhos dos bombeiros para fazer a vistoria, mas segundo Matsuo, não há previsão para apagar completamente o fogo.
"Ainda há uma certa periculosidade, não entramos no prédio porque corre o risco de cair as estruturas, o que está de pé são as colunas de vigas mais antigas. No momento, trabalham no local 90 bombeiros e 30 viaturas."
Apesar do incêndio, o movimento do comércio popular no entorno do local é grande e apenas algumas lojas foram interditadas.
O comerciante Jack Daher, dono de uma loja em um shopping próximo ao prédio que pegou fogo, disse que não tem medo de sofrer com incêndio. "Procuro ficar de olho, ver de uma maneira geral se está tudo em ordem no shopping."
Outro incêndio na mesma região, também na noite de ontem (23), deixou quatro mortos e 24 feridos. O socorro foi acionado às 4h e o fogo, controlado às 5h.
No imóvel de dois andares, localizado na Avenida Celso Garcia, região de comércio têxtil popular, existe uma ocupação de imigrantes de várias nacionalidades.
O prédio atingido ontem pelo incêndio terá de ser demolido, segundo avaliação da Defesa Civil. "Vai ter que demolir porque toda a estrutura está comprometida", ressaltou o coordenador operacional do órgão, Nelson Suguieda.
No local, imigrantes, principalmente bolivianos, viviam e trabalhavam em oficinas de produção de roupas.