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Imprensa internacional repercute saída do PMDB do governo

Nos Estados Unidos, a avaliação das reportagens é que as chances de Dilma perder o mandato cresceram sem seu principal partido de apoio

Dilma: a CNN destacou que em uma crise política profunda, as coisas ficaram ainda mais difíceis para a presidente (Ueslei Marcelino / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2016 às 20h14.

Nova York e Buenos Aires - A decisão do PMDB de deixar o apoio ao governo de Dilma Rousseff ganhou repercussão na tarde desta terça-feira, 29, na imprensa internacional.

Na Argentina , os sites destacaram a rapidez com que a decisão foi tomada e a expressão "duro golpe" foi usada para dimensionar seu impacto.

Nos Estados Unidos , a avaliação das reportagens é que as chances de Dilma perder o mandato cresceram sem seu principal partido de apoio e algumas reportagens destacam o risco de piora da situação no País e de mais aliados deixando o governo.

Também foi ressaltado que o rompimento do PMDB com o governo pode desencadear a saída da base de apoio de outros partidos menores, aumentando a probabilidade de impedimento da presidente.

Times

O site do jornal americano ressalta que a saída do PMDB pode ampliar a crise política e econômica do Brasil, na medida em que o PMDB era "crucial" para o governo.

Outra fonte de preocupação é a saída de ministros do partido, incluindo de pastas importantes, como Saúde e Educação, que vão ocorrer no meio da epidemia do vírus Zika e a poucos meses do começo das Olimpíadas.

The Wall Street Journal

A publicação ressalta que a saída do PMDB, que longamente apoiou o PT no Planalto, reduz as chances de Dilma ficar na presidência.

"A saída pode tornar difícil para a presidente angariar apoio que precisa para evitar o impeachment", afirma o jornal, destacando que o PMDB tem mais deputados e senadores que outros partidos no Congresso.

A pior recessão no país desde a crise de 1929 e vários escândalos de corrupção azedaram a relação da dirigente com o partido.

CNN

A emissora destacou que em uma crise política profunda, que não dá sinais de que vai parar tão cedo, as coisas ficaram ainda mais difíceis para Dilma. "Não importa o que aconteça agora, a decisão do PMDB é mais uma má notícia para a presidente."

Clarín

A publicação argentina afirmou que a medida agrava sensivelmente a situação da presidente e mencionou a estratégia de Lula de contar com dissidentes peemedebistas para ter os votos necessários para barrar o impeachment.

La Nación

O jornal de Buenos Aires classificou o PMDB como a maior força política do País e destacou que a decisão levaria à possível demissão de sete ministros. Segundo La Nación, o vice-presidente Michel Temer tem um plano de governo que incluiria "cortes em programas sociais, privatizações e maior abertura comercial".

Ámbito Financiero

Por contar com grandes bancadas na Câmara e no Senado, afirmou o jornal, o partido "pode desequilibrar qualquer balança política". O site menciona ainda a participação do PMDB em todos os governos desde 1985. Por isso, segundo a publicação, "criou-se a lenda" de que é impossível governar sem ele.

Página 12

Mais alinhada ao kirchnerismo, a publicação usou o título "Uma saída anunciada rumo ao golpe brando contra Dilma" para definir a decisão peemedebista.

O jornal destacou que o PMDB se declarou independente, mesmo em relação a um julgamento no Congresso, ocupa a presidência das duas Casas e tem o maior número de afiliados no País, o que configura um revés para "o já frágil governo de Rousseff".

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Nova York e Buenos Aires - A decisão do PMDB de deixar o apoio ao governo de Dilma Rousseff ganhou repercussão na tarde desta terça-feira, 29, na imprensa internacional.

Na Argentina , os sites destacaram a rapidez com que a decisão foi tomada e a expressão "duro golpe" foi usada para dimensionar seu impacto.

Nos Estados Unidos , a avaliação das reportagens é que as chances de Dilma perder o mandato cresceram sem seu principal partido de apoio e algumas reportagens destacam o risco de piora da situação no País e de mais aliados deixando o governo.

Também foi ressaltado que o rompimento do PMDB com o governo pode desencadear a saída da base de apoio de outros partidos menores, aumentando a probabilidade de impedimento da presidente.

Times

O site do jornal americano ressalta que a saída do PMDB pode ampliar a crise política e econômica do Brasil, na medida em que o PMDB era "crucial" para o governo.

Outra fonte de preocupação é a saída de ministros do partido, incluindo de pastas importantes, como Saúde e Educação, que vão ocorrer no meio da epidemia do vírus Zika e a poucos meses do começo das Olimpíadas.

The Wall Street Journal

A publicação ressalta que a saída do PMDB, que longamente apoiou o PT no Planalto, reduz as chances de Dilma ficar na presidência.

"A saída pode tornar difícil para a presidente angariar apoio que precisa para evitar o impeachment", afirma o jornal, destacando que o PMDB tem mais deputados e senadores que outros partidos no Congresso.

A pior recessão no país desde a crise de 1929 e vários escândalos de corrupção azedaram a relação da dirigente com o partido.

CNN

A emissora destacou que em uma crise política profunda, que não dá sinais de que vai parar tão cedo, as coisas ficaram ainda mais difíceis para Dilma. "Não importa o que aconteça agora, a decisão do PMDB é mais uma má notícia para a presidente."

Clarín

A publicação argentina afirmou que a medida agrava sensivelmente a situação da presidente e mencionou a estratégia de Lula de contar com dissidentes peemedebistas para ter os votos necessários para barrar o impeachment.

La Nación

O jornal de Buenos Aires classificou o PMDB como a maior força política do País e destacou que a decisão levaria à possível demissão de sete ministros. Segundo La Nación, o vice-presidente Michel Temer tem um plano de governo que incluiria "cortes em programas sociais, privatizações e maior abertura comercial".

Ámbito Financiero

Por contar com grandes bancadas na Câmara e no Senado, afirmou o jornal, o partido "pode desequilibrar qualquer balança política". O site menciona ainda a participação do PMDB em todos os governos desde 1985. Por isso, segundo a publicação, "criou-se a lenda" de que é impossível governar sem ele.

Página 12

Mais alinhada ao kirchnerismo, a publicação usou o título "Uma saída anunciada rumo ao golpe brando contra Dilma" para definir a decisão peemedebista.

O jornal destacou que o PMDB se declarou independente, mesmo em relação a um julgamento no Congresso, ocupa a presidência das duas Casas e tem o maior número de afiliados no País, o que configura um revés para "o já frágil governo de Rousseff".

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