Impeachment de Witzel: veja quais são os próximos passos
Deputados decidiram nesta quarta-feira pela abertura da ação de afastamento do governador do Rio. Saiba o que acontece a partir de agora
Agência O Globo
Publicado em 10 de junho de 2020 às 17h21.
Última atualização em 10 de junho de 2020 às 18h39.
Após votação simbólica na sessão desta quarta-feira da Alerj, convocada pelo presidente da Casa, André Ceciliano (PT), onde deputados estaduais optaram pela abertura do processo de impeachment contra o governador Wilson Witzel
— que teve contra si 14 pedidos protocolados por parlamentares —, a Mesa Diretora dará os próximos passos para que o rito prossiga. Saiba como deverá ser feito o rito, segundo as regras do parlamento..
Na sequência, Ceciliano deverá publicar em Diário Oficial o ato dando prosseguimento ao processo de impeachment, dando prazo de 48 horas para que os partidos da Casa indiquem representantes para a Comissão Especial que irá analisar a admissibilidade das denúncias contra Witzel .
O governador, em seguida, é notificado, para apresentar defesa no prazo de dez sessões, e as denúncias são lidas em plenário.
Depois de os parlamentares serem indicados, a Comissão Especial tem 48 horas para se reunir e eleger quem será o relator presidente. A Comissão, então, emite parecer sobre a admissibilidade da denúncia em até cinco sessões, contadas a partir do recebimento da defesa ou do fim do prazo de dez sessões para a defesa, caso ela não seja apresentada.
Em seguida, o parecer da Comissão Especial é lido em plenário e, depois, é inserido na ordem do dia, ou seja, em pauta de votação e discussão.
Neste momento, os deputados, no limite máximo de cinco por partido, podem discutir o parecer pelo prazo máximo de 1 hora. Sendo os questionamentos, respondidos pelo relator. Encerrada a discussão - não necessariamente terminando no mesmo dia - será aberta a votação nominal.
Caso os deputados decidam pelo recebimento da denúncia, por quórum qualificado (2/3 dos deputados), Witzel será afastado e será enviada a cópia do processo ao presidente do Tribunal de Justiça para a formação do tribunal misto de julgamento, formado por 5 deputados eleitos pela Casa e cinco desembargadores escolhidos por sorteio. A sessão é presidida pelo presidente do TJ, Cláudio de Mello Tavares, que tem voto de desempate.