Indústria chinesa cresce rapidamente e atrai empresas brasileiras (ARQUIVO/GETTY IMAGES/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2010 às 14h51.
São Paulo - O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) concorda com a análise do economista José Roberto Mendonça de Barros sobre o processo de desindustrialização que ocorre atualmente no Brasil.
O economista-chefe do IEDI, Rogério César de Souza, diz que a perda de espaço da indústria para o setor de serviços também foi registrada em outros países, mas numa velocidade bem menor.
“Além disso, esses países desenvolvidos têm um nível de renda muito superior ao do Brasil, o que explica o crescimento do setor de serviços”, diz Rogério César de Souza, que participou nesta quinta-feira (25) do programa “Momento da Economia”, na Rádio EXAME.
Na visão do IEDI, que coincide com a análise de Mendonça de Barros, o câmbio valorizado é apenas um dos pontos negativos. Os juros altos também prejudicam o setor produtivo, assim como a carga tributária elevada e falta de infraestrutura prejudicam a competitividade da indústria nacional.
O economista-chefe do IEDI ressalta que o déficit comercial da indústria de transformação passou de US$ 7 bilhões em 2008 para uma previsão de US$ 35 bilhões em 2010. “As exportações estão crescendo, mas num ritmo muito inferior ao das importações.”
Na entrevista, Rogério César de Souza comenta a ida de grandes empresas brasileiras para o exterior e menciona as medidas mais adequadas que o governo brasileiro deveria adotar para incentivar as indústrias.