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IBGE mostra que o Brasil é mais rural do que imaginávamos

O instituto lançou nesta segunda-feira, 31, uma nova proposta para uniformizar a classificação de áreas urbanas e rurais

IBGE: quer promover uma discussão sobre os critérios de distinção entre rural e urbano até 2020 (Andre Vieira/Getty Images)

IBGE: quer promover uma discussão sobre os critérios de distinção entre rural e urbano até 2020 (Andre Vieira/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de julho de 2017 às 12h44.

Última atualização em 31 de julho de 2017 às 13h04.

Rio de Janeiro - O Brasil é mais rural do que se supõe atualmente, conforme avaliação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O instituto lançou nesta segunda-feira, 31, uma nova proposta para uniformizar a classificação de áreas urbanas e rurais, retratada na publicação "Classificação e caracterização dos espaços rurais e urbanos do Brasil - uma primeira aproximação".

De acordo com a nova proposta, 76% da população brasileira residia em zona "urbana" em 2010, enquanto, segundo a classificação adotada atualmente, 84,4% dos habitantes moravam na cidade.

O objetivo do estudo é promover uma discussão sobre os critérios de distinção entre rural e urbano até 2020, para que seja possível aprimorar a divulgação do próximo Censo Demográfico.

O instituto reconhece, entretanto, que a questão toca em pontos sensíveis, o que deve gerar um debate na sociedade. Atualmente, cada município define através de legislação municipal própria o que é considerado zona urbana e zona rural. A classificação determina a forma de incidência de tributos. Na área urbana é cobrado o IPTU, Imposto Predial e Territorial Urbano, recolhido para os cofres municipais, enquanto que na área rural a arrecadação é federal, explicou o órgão.

A proposta do IBGE adota três critérios básicos para a elaboração da nova classificação: a densidade demográfica, a localização em relação aos principais centros urbanos e o tamanho da população. Após análise dos critérios, os municípios foram caracterizados como "urbanos", "rurais" ou "intermediários".

A metodologia aplicada segue as mesmas orientações de organizações internacionais como a União Europeia, e a de países como os Estados Unidos, o que permitiria a comparabilidade dos resultados brasileiros.

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