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Holiday é eleito presidente da Comissão da Criança e Adolescente

O vereador pretende discutir assuntos como ideologia de gênero e o Escola Sem Partido na comissão

Fernando Holiday: a indicação do vereador trouxe reações entre entidades civis (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de abril de 2017 às 22h03.

Última atualização em 26 de abril de 2017 às 22h05.

São Paulo - No centro de polêmicas envolvendo a rede de ensino municipal, o vereador Fernando Holiday ( DEM ), do Movimento Brasil Livre, foi eleito nesta quarta-feira (26) presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Câmara Municipal.

"Pretendo trazer alguns assuntos para serem discutidos na comissão. Dentre eles, a ideologia de gênero. Como as crianças de São Paulo estão lidando com isso, se é algo que está sendo lhes imposto, a partir de qual idade isso está sendo discutido, se está sendo discutido... Enfim, todos os fatores que envolvem essa questão", afirmou o parlamentar à reportagem, ao comentar sua nomeação.

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Ele disse que também levará à comissão a discussão do Escola Sem Partido.

"É algo que envolve diretamente o Estatuto da Criança e do Adolescente. Teremos algumas audiências públicas nesse sentido, além de outras que poderão ser discutidas pelos outros vereadores".

Uma "blitz" para verificar se professores faziam "doutrinação" partidária de alunos de um colégio da zona sul da cidade opôs Holiday e o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, e se desdobrou em uma série de troca de acusações por meio das redes sociais no mês passado.

A indicação de Holiday trouxe reações entre entidades civis.

O coordenador da Comissão da Criança e do Adolescente do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe), Ariel de Castro Alves, afirmou ser "lamentável e vergonhoso" que Holiday ocupe o cargo.

"Suas ideias e pregações estão na contramão das pautas dos movimentos e entidades de defesa de crianças, adolescentes e jovens, já que ele defende a redução da maioridade penal, o fim das cotas raciais e o projeto "escola sem partido", inclusive se propondo a constranger professores", disse o advogado, em nota distribuída na tarde desta quarta.

Holiday disse que a crítica era "um pouco rasa" e que quem tiver a "cabeça aberta" poderá entender suas colocações, mesmo que termine sem concordar com elas.

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