Brasil

Henrique Alves titubeia sobre volta dos supersalários

Presidente da Câmara evitou dizer se a Casa acataria a decisão e jogou a palavra final sobre o tema para a Mesa Diretora


	Henrique Eduardo: deputado argumentou que determinação havia sido decidida pela Mesa Diretora, que também deverá se manifestar agora sobre a liminar de Marco Aurélio
 (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

Henrique Eduardo: deputado argumentou que determinação havia sido decidida pela Mesa Diretora, que também deverá se manifestar agora sobre a liminar de Marco Aurélio (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 21h52.

Brasília - Mesmo com a liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello determinando que a Câmara e o Senado voltem a pagar os chamados supersalários, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), evitou dizer nesta terça-feira, 18, se a Casa acataria a decisão e jogou a palavra final sobre o tema para a Mesa Diretora. O colegiado, formado por sete deputados, deve se reunir na manhã desta quarta-feira, 19. Os supersalários são os vencimentos que ultrapassam o teto do funcionalismo público, hoje em R$ 29,4 mil.

Henrique Alves argumentou que a determinação de sustar os supersalários havia sido decidida pela Mesa Diretora, que também deverá se manifestar agora sobre a liminar de Marco Aurélio. O presidente da Casa também vai procurar o ministro do STF para pedir agilidade na análise do mérito da ação. A preocupação de Alves é com a possibilidade de a Casa voltar a pagar os salários acima do teto sem a perspectiva de ver o assunto resolvido pelo tribunal. "Nossa preocupação é que fique a liminar perdurando e o mérito indefinido", disse. Ele também quer uma resposta conjunta com o Senado.

A notificação da decisão de Marco Aurélio à Câmara gerou confusão. Henrique Alves chegou a dizer que a Casa manteria a corte dos supersalários, mesmo com a liminar, baseado no entendimento de que a decisão judicial apenas determinava a manifestação da defesa. Avisado, ele voltou atrás e disse que a decisão judicial deveria ser cumprida, mas deixaria a palavra final para a Mesa.

Liminar.

Ministro do STF, Marco Aurélio Mello acatou um pedido do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis) e concedeu uma liminar que determina a Câmara dos Deputados e ao Senado Federal que voltem a pagar os salários superiores ao teto do funcionalismo público.

A decisão do ministro do STF foi tomada no sábado (15) e apenas tornada pública aos servidores nesta terça-feira. Nela, Marco Aurélio alega que os servidores atingidos pelo corte salarial deveriam ter sido ouvidos antes. O corte havia sido recomendado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) com o objetivo de regularizar o pagamento das remunerações.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosHenrique AlvesMDB – Movimento Democrático BrasileiroPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Indícios contra militares presos são "fortíssimos", diz Lewandowski

Câmara aprova projeto de lei que altera as regras das emendas parlamentares

PF envia ao STF pedido para anular delação de Mauro Cid por contradições

Barroso diz que golpe de Estado esteve 'mais próximo do que imaginávamos'