Aeronave que caiu com Thomaz Alckmin tinha partes desconectadas
O acidente ocorreu em abril de 2015, na cidade de Carapicuíba (SP). O piloto e dois mecânicos também morreram
Agência Brasil
Publicado em 13 de abril de 2017 às 15h33.
O relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), vinculado à Aeronáutica, sobre a queda de helicóptero em Carapicuíba (SP), que matou Thomaz Rodrigues Alckmin, filho do governador paulista Geraldo Alckmin , confirma que componentes da aeronave estavam desconectados.
O acidente ocorreu em abril de 2015, em Carapicuíba (SP), e matou também o piloto Carlos Haroldo Gonçalves e os mecânicos Paulo Moraes, Erick Martinho e Leandro Souza.
A Aeronáutica já havia divulgado nota, em junho de 2015, em que apontava que a causa da queda havia sido um problema com os componentes.
Segundo o relatório, os controles flexíveis (ball type) e alavancas (bellcranck), que são fundamentais para o piloto controlar a aeronave em voo, estavam desconectados antes da decolagem.
Uma das hipóteses é que o mecânico a bordo tenha se distraído, sem perceber a intercorrência.
O documento aponta ainda falhas na organização de trabalho: "a rotina de trabalho dos profissionais da organização de manutenção era suscetível a interferências e interrupções que promoviam quebra na sequência das atividades desenvolvidas".
A empresa Helipark, proprietária do helicóptero, havia se pronunciado quando o primeiro relatório foi anunciado, dizendo que a hipótese de o helicóptero ter decolado com os componentes desconectados é absurda.
"Equivalente a imaginar-se dirigir um automóvel com a barra de direção solta. Tratando-se de um helicóptero, o mero acionamento dos motores provocaria o tombamento lateral da aeronave ainda na pista".