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Ao votar, Haddad acena a Marina, Meirelles e Ciro para alianças

Segundo pesquisas, Haddad está em segundo lugar e deve disputar um segundo turno contra o candidato do PSL, Jair Bolsonaro

Haddad: "Tem gente que não quer que tenha o segundo turno para que não haja comparação" (Amanda Perobelli/Reuters)
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Reuters

Publicado em 7 de outubro de 2018 às 09h53.

Última atualização em 7 de outubro de 2018 às 14h36.

SÃO PAULO (Reuters) - O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, disse neste domingo estar confiante de que a eleição será resolvida no segundo turno, e que vai procurar formar alianças com todos aqueles que quiserem contribuir com a construção democrática do país, citando os candidatos Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB).

"Eu tenho o maior respeito pelos que concorreram no primeiro turno, sobretudo com aqueles que eu trabalhei. Eu trabalhei com a Marina, trabalhei com o Ciro Gomes, eu trabalhei com o Meirelles no governo Lula", disse Haddad após votar em uma escola em São Paulo.

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"Mas eu quero dizer que nós vamos procurar ampliar, para além dos partidos, as nossas alianças. O momento agora exige que nós estendamos a mão aos brasileiros e brasileiras que, independentemente de partidos, queiram contribuir com a construção do país, na construção democrática do país", acrescentou.

O petista, que chegou ao colégio eleitoral por volta das 9h45 acompanhado por sua mulher, Ana Estela, também disse estar esperançoso de que um eventual segundo turno será "mais civilizado" do que o primeiro.

"O que é importante é que o Brasil vai viver um segundo turno. Segundo turno é sempre uma oportunidade renovada para as pessoas poderem votar em projeto... Eu estou muito esperançoso de que nós teremos um segundo turno muito mais civilizado do que tivemos no primeiro", disse o candidato ao som de gritos de ordem de apoiadores, e enquanto moradores de prédios no entorno batiam panelas.

Houve trocas de ofensas entre os dois grupos após Haddad deixar a escola, mas sem confrontos.

O candidato disse ainda que o Brasil corre o risco de perder as conquistas alcançadas nos últimos 30 anos.

"O Brasil está correndo um grande risco, desnecessário, de botar abaixo as conquistas dos últimos 30 anos. Nós não podemos correr esse risco, o brasileiro não merece isso. E nós temos condição de esclarecer isso nas próximas 3 semanas, se Deus nos ajudar a chegar no segundo turno".

O candidato do PT seguiu para casa, onde deve ficar até as 17h, quando irá para um hotel na zona sul de São Paulo e deve acompanhar a apuração junto com sua vice, Manuela d'Ávila (PCdoB).

Mais cedo, após tomar café da manhã no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, Haddad disse que há pessoas que não querem que haja uma comparação direta entre propostas no segundo turno, já que é "mais fácil ganhar eleição sem se expor".

"Tem gente que não quer que tenha o segundo turno para que não haja comparação, é mais fácil ganhar eleição sem se expor, a exposição as vezes prejudica o candidato que não tem proposta", disse a jornalistas.

De acordo com as últimas pesquisas Datafolha e Ibope, Haddad está em segundo lugar e deve disputar um segundo turno contra o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que lidera os levantamentos para a eleição deste domingo.

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