Fernando Haddad: o ex-prefeito entrou como docente no Departamento de Ciência Política da USP em 1997 (Fernando Haddad/Flickr)
Estadão Conteúdo
Publicado em 3 de maio de 2017 às 14h33.
São Paulo - O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação Fernando Haddad pediu licença de dois anos da Universidade de São Paulo (USP) para dar aula no Insper, faculdade privada com especialidade nas áreas de Negócios, Economia, Direito e Engenharia. Lá, o petista vai lecionar a disciplina de Administração e Gestão Pública na pós-graduação.
A assessoria de Haddad informou que o afastamento é só uma licença, mas não explicou o motivo para a decisão do ex-prefeito. As aulas não vão começar de imediato já que Haddad ainda deve formatar o curso. Segundo a assessoria, o convite partiu da instituição.
O Insper informou que, desde terça-feira, 2, o petista integra o time de docentes dos programas de Gestão e Políticas Públicas. A instituição, porém, disse que ainda não há previsão para o começo das aulas.
A reportagem checou os valores de mensalidade na escola: o mestrado em Administração custa, integralmente, R$ 98.561 por dois anos e pode ser pago em até 30 mensalidades de R$ 3.285. O doutorado é gratuito por meio de bolsa. Já a graduação em Administração ou Economia custa, mensalmente, R$ 4.230.
Haddad entrou como docente no Departamento de Ciência Política da USP em 1997, segundo o site da universidade. O petista, porém, passou 12 anos sem lecionar até 2015, quando deu aula de Economia e Política da Cidade, enquanto ainda era prefeito da capital. No dia 17 de março deste ano, deu a primeira aula na universidade desde que saiu da Prefeitura, de Política Moderna.
Segundo dados de fevereiro deste ano no Portal da Transparência da USP, Haddad ganhava, líquidos, em torno de R$ 7 mil como professor doutor da instituição pública. Em 2009, Haddad estava no Ministério da Educação quando o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passou a ser um processo seletivo único no País para as universidades públicas. Nas últimas eleições municipais, o petista teve 16,7% dos votos e perdeu o mandato para o atual prefeito de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB), no primeiro turno.