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Haddad nega ter recebido caixa 2 e diz que suspendeu construção de túnel

MP moveu nesta segunda-feira, 27, uma ação de improbidade administrativa contra o ex-prefeito da capital paulista

Haddad: ex-prefeito e candidato a vice na chapa presidencial do PT nega ter recebido caixa 2 (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Haddad: ex-prefeito e candidato a vice na chapa presidencial do PT nega ter recebido caixa 2 (Rodolfo Buhrer/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de agosto de 2018 às 11h19.

São Paulo - A assessoria do ex-prefeito e candidato a vice na chapa presidencial do PT, Fernando Haddad, afirmou em nota que demonstrou com documentos que "todo o material gráfico produzido em sua campanha (a prefeito em 2012) foi declarado e que não havia razão para receber qualquer recurso não declarado da UTC".

O Ministério Público de São Paulo moveu na segunda-feira, 27, uma ação de improbidade administrativa contra o ex-prefeito da capital paulista na qual pede a condenação do petista por enriquecimento ilícito. O MP sustenta que Haddad "tinha pleno domínio" sobre o pagamento, pela UTC Engenharia, de uma dívida de R$ 2,6 milhões da campanha de 2012 à Prefeitura com recursos de caixa 2.

Ainda segundo a assessoria do petista, a UTC "teve seus interesses confrontados logo nos primeiros dias da gestão Haddad na Prefeitura de São Paulo, principalmente com a suspensão da construção do túnel da Avenida Roberto Marinho, cuja obra mostrava indícios claros de sobrepreço".

A assessoria da UTC, do ex-presidente Ricardo Pessoa e do ex-diretor Walmir Pinheiro, informou que eles não iriam se manifestar sobre a ação de improbidade movida pelo Ministério Público paulista.

A reportagem não conseguiu localizar os advogados do ex-secretário José de Filippi Júnior, do ex-tesoureiro João Vaccari Neto e de Francisco Carlos de Souza, apontado como dono das gráficas, e não obteve resposta do advogado de Alberto Youssef.

Todos foram denunciados com Haddad por enriquecimento ilícito e são alvo de pedido de ressarcimento integral do dano causado, no valor de R$ 15,1 milhões, com o acréscimo de multa. A ação tramita na 8.ª Vara da Fazenda Pública. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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