Ônibus: para 2015, a gestão Haddad reservou R$ 1,4 bilhão em subsídios (Marcelo Camargo/ABr)
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2014 às 16h56.
São Paulo - O prefeito Fernando Haddad (PT) discute com outros sete prefeitos petistas da Região Metropolitana de São Paulo, em reunião marcada às 12h30 no Edifício Matarazzo, a necessidade de reajustes nas tarifas de ônibus cobradas nesses municípios.
Dentro da gestão Haddad já existe a decisão política de não se pagar R$ 2 bilhões em subsídios para as empresas do transporte coletivo, dinheiro necessário para manter a tarifa a R$ 3,00 em 2015.
Uma das possibilidades que vem sendo articulada pelos prefeitos Kiko Celeguin (PT), de Franco da Rocha, e Luiz Marinho (PT), de São Bernardo do Campo, é a criação de uma tarifa unificada de R$ 3,40 nesses municípios.
No PT, a orientação é para que as prefeituras petistas vizinhas da capital paulista adotem antes o aumento, logo no início do ano.
Dessa forma, o prefeito Haddad também mostraria à população a necessidade de o reajuste também entrar em vigor em São Paulo - o preço da tarifa não sofre nenhum aumento desde 2011 para os usuários paulistanos.
Para 2015, a gestão Haddad reservou R$ 1,4 bilhão em subsídios para as dez viações de ônibus e oito cooperativas de peruas.
Segundo projeção feita pela Comissão de Finanças da Câmara Municipal, seriam necessários pelo menos R$ 2 bilhões para manter a tarifa por mais um ano sem reajuste.
O valor que teria de ser pago a essas empresas representa 40% de todos os recursos reservados para novas obras na cidade em 2015.
Na avaliação do governo, manter a tarifa a R$ 3,00 exigiria a transferência de verbas de setores essenciais, como a Saúde e a Educação.
Em maio de 2013 o governo municipal chegou a aplicar o aumento, elevando a passagem a R$ 3,20.
Mas uma onda de protestos que parou a cidade fez Haddad recuar e voltar ao valor de R$ 3,00.
Crise hídrica
Outro tema do encontro de hoje na sede da Prefeitura de São Paulo é a crise hídrica.
Os prefeitos vão discutir formas de como enfrentar um possível colapso no abastecimento de água da Região Metropolitana, a mais populosa do país, com cerca de 20 milhões de habitantes.
No encontro também estarão presentes os prefeitos petistas de Guarulhos (Sebastião Almeida) , de Osasco (Jorge Lapas), de Carapicuíba (Sérgio Ribeiro), de Embu das Artes (Chico Brito) e de Santo André (Carlos Grana).