Haddad diz que IPTU sobe, mas tenta minimizar impacto
O prefeito de São Paulo afirmou que o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) vai aumentar no ano que vem
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2013 às 09h57.
São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira, 30, que o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) vai aumentar no ano que vem, mas que tentará minimizar o reajuste.
Ele falou em evento realizado pelo jornal Folha de S.Paulo, no Teatro da PUC, na zona oeste da capital. "O reajuste é uma obrigação legal regulamentada pela Câmara, mas vamos evitar uma majoração que comprometa os moradores. Da receita do IPTU, 60% já estão comprometidos com educação e saúde. A Justiça tributária é aquilo que o cidadão considera razoável", disse.
O prefeito considera o anúncio de investimentos para São Paulo, que será feito hoje pela presidente Dilma Rousseff, um "acordo de paz" da cidade com o governo federal e disse que a falta de projetos de parcerias prejudicou a capital paulista nos últimos anos.
"Amanhã (esta quarta-feira), São Paulo vai fazer as pazes com o governo federal, com o anúncio dos primeiros investimentos. São Paulo não apresentou um plano, como fez o Rio, e os investimentos foram adiados inexplicavelmente", disse.
Haddad, no entanto, negou que a queda nos investimentos esteja relacionada a divergências partidárias. "Não existe destinação de recurso sem projetos, tem de haver o pedido. Há dinheiro do governo federal em empreendimentos do governo estadual, como o Rodoanel e o monotrilho."
Ao falar sobre transporte urbano, o prefeito admitiu que pode testar temporariamente a ampliação do rodízio de veículos, como o Estado adiantou em maio. Com base em estudo da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) que mostra que incluir novas vias poderia aliviar os congestionamentos em 20%, Haddad cogitou expandir o rodízio de forma experimental.
"Não estamos seguros se vamos anunciar. Mas São Paulo está num momento em que podemos testar hipóteses, durante um mês, uma semana, e voltar atrás se a medida for inadequada. Não vemos problema em testar."
Sobre os protestos ocorridos em junho, que tiveram como mote principal o aumento da tarifa de ônibus na cidade, ele negou que tenha apressado decisões em função da pressão popular. "Não houve guinada, se considerarmos que na eleição o nosso carro-chefe foi o transporte público."
Despreparo
Haddad falou ainda sobre o clima de tensão na cidade durante as manifestações e fez críticas à atuação da Polícia Militar em um dos dias mais tensos do mês passado, quando manifestantes tentaram invadir a Prefeitura.
"O prédio da Prefeitura estava ameaçado e a Polícia Militar levou 2 horas para chegar. A cidade vivia um clima de insegurança e as forças policiais pareciam não estar preparadas para enfrentar aquele desafio", disse. "Tivemos perda completa de controle da cidade, perda de comando e, por muito pouco, não perdemos dois prédios históricos (Prefeitura e Theatro Municipal)."
São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira, 30, que o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) vai aumentar no ano que vem, mas que tentará minimizar o reajuste.
Ele falou em evento realizado pelo jornal Folha de S.Paulo, no Teatro da PUC, na zona oeste da capital. "O reajuste é uma obrigação legal regulamentada pela Câmara, mas vamos evitar uma majoração que comprometa os moradores. Da receita do IPTU, 60% já estão comprometidos com educação e saúde. A Justiça tributária é aquilo que o cidadão considera razoável", disse.
O prefeito considera o anúncio de investimentos para São Paulo, que será feito hoje pela presidente Dilma Rousseff, um "acordo de paz" da cidade com o governo federal e disse que a falta de projetos de parcerias prejudicou a capital paulista nos últimos anos.
"Amanhã (esta quarta-feira), São Paulo vai fazer as pazes com o governo federal, com o anúncio dos primeiros investimentos. São Paulo não apresentou um plano, como fez o Rio, e os investimentos foram adiados inexplicavelmente", disse.
Haddad, no entanto, negou que a queda nos investimentos esteja relacionada a divergências partidárias. "Não existe destinação de recurso sem projetos, tem de haver o pedido. Há dinheiro do governo federal em empreendimentos do governo estadual, como o Rodoanel e o monotrilho."
Ao falar sobre transporte urbano, o prefeito admitiu que pode testar temporariamente a ampliação do rodízio de veículos, como o Estado adiantou em maio. Com base em estudo da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) que mostra que incluir novas vias poderia aliviar os congestionamentos em 20%, Haddad cogitou expandir o rodízio de forma experimental.
"Não estamos seguros se vamos anunciar. Mas São Paulo está num momento em que podemos testar hipóteses, durante um mês, uma semana, e voltar atrás se a medida for inadequada. Não vemos problema em testar."
Sobre os protestos ocorridos em junho, que tiveram como mote principal o aumento da tarifa de ônibus na cidade, ele negou que tenha apressado decisões em função da pressão popular. "Não houve guinada, se considerarmos que na eleição o nosso carro-chefe foi o transporte público."
Despreparo
Haddad falou ainda sobre o clima de tensão na cidade durante as manifestações e fez críticas à atuação da Polícia Militar em um dos dias mais tensos do mês passado, quando manifestantes tentaram invadir a Prefeitura.
"O prédio da Prefeitura estava ameaçado e a Polícia Militar levou 2 horas para chegar. A cidade vivia um clima de insegurança e as forças policiais pareciam não estar preparadas para enfrentar aquele desafio", disse. "Tivemos perda completa de controle da cidade, perda de comando e, por muito pouco, não perdemos dois prédios históricos (Prefeitura e Theatro Municipal)."