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Haddad diz que deixará Ministério da Fazenda ‘até fevereiro’

O ministro afirmou que quer apenas "colaborar" com a campanha de Lula, mas não descartou se candidatar a governador ou senador

Fernando Haddad, da Fazenda: ministro confirmou que deixará o cargo até fevereiro de 2026 para 'colaborar' com campanha de Lula (Leandro Fonseca /Exame)

Fernando Haddad, da Fazenda: ministro confirmou que deixará o cargo até fevereiro de 2026 para 'colaborar' com campanha de Lula (Leandro Fonseca /Exame)

Publicado em 18 de dezembro de 2025 às 17h53.

Última atualização em 18 de dezembro de 2025 às 18h02.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 18, que deixará o cargo “no mais tardar em fevereiro”.

Haddad disse em coletiva de fim de ano com jornalistas que já conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o tema e que terá nova reunião com o chefe do Executivo em janeiro para definir a data de saída da pasta.

O ministro afirmou que pretende “colaborar” com a campanha à reeleição de Lula e que não quer ser candidato a governador de São Paulo nem a senador, embora tenha admitido que nenhuma hipótese está descartada. Ele também afirmou que “não sabe de onde” surgiu a notícia de que poderia ser vice na chapa de Lula.

“Não tem como colaborar com a campanha no cargo de ministro da Fazenda. Então, foi nesse sentido que eu conversei com o presidente”, afirmou. O chefe do Executivo afirmou nesta quinta-feira que gostaria que Haddad fosse candidato. 

Prazo ideal

Ele disse que não há prazo, mas que o ideal é que o sucessor tome posse no início do ano: “Qual é o melhor momento para alguém assumir o ministério da Fazenda? Acho que é antes do prazo de desincompatibilização, seria bom que alguém que pudesse tomar as rédeas aqui. Tem decreto de execução orçamentária, preparação Lei de Diretrizes Orçamentárias, tem uma série de providências que precisam ser tomadas no começo do ano”.

A tendência é que o secretário-executivo, Dario Durigan, fique no seu lugar. Haddad disse que a escolha é uma prerrogativa do presidente, mas que costuma levar seus assessores para as reuniões com Lula e que, “se o presidente perguntar”, vai dar sua opinião sobre o melhor nome para assumir a pasta.

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