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Haddad descongela mais de 350 cargos comissionados

Funções variam de chefias na Procuradoria Geral do Município a encarregados de limpeza nas subprefeituras. A lista dos cargos foi publicada hoje no Diário Oficial


	Fernando Haddad: decisão do prefeito ocorre também no momento em que sua base governista na Câmara Municipal tenta cobrar a fatura pela votação a favor de projetos que tiraram do papel promessas de campanha do prefeito.
 (Prefeitura de São Paulo)

Fernando Haddad: decisão do prefeito ocorre também no momento em que sua base governista na Câmara Municipal tenta cobrar a fatura pela votação a favor de projetos que tiraram do papel promessas de campanha do prefeito. (Prefeitura de São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2013 às 19h06.

São Paulo - O prefeito Fernando Haddad (PT) reabriu nesta sexta-feira mais de 350 vagas em cargos comissionados congelados em maio de 2009 pelo ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). As funções variam de chefias na Procuradoria Geral do Município a encarregados de limpeza nas subprefeituras. A lista dos cargos foi publicada hoje no Diário Oficial da Cidade.

O secretário municipal de Relações Governamentais, João Antonio, afirmou ao Grupo Estado que o descongelamento faz parte da "reforma das secretarias" da Prefeitura. "Ao invés de você criar cargos você descongela", argumentou o secretário, que não soube estimar o impacto financeiro da medida.

O prefeito, porém, descongelou também dezenas de cargos nas subprefeituras e até na Biblioteca Municipal.

A decisão de Haddad ocorre também no momento em que sua base governista na Câmara Municipal tenta cobrar a fatura pela votação a favor de projetos que tiraram do papel promessas de campanha do prefeito, como o fim da taxa da inspeção veicular e a autorização para a compra de um terreno de R$ 62,1 milhões destinado a um novo campus da Unifesp, na zona leste.

Pressão

O líder de governo, Arselino Tatto (PT), avalia ser normal a pressão dos aliados por mais cargos. "Somos um governo de coalizão, é natural que nossos aliados queiram participar e ajudar na gestão", argumentou o líder do governo petista. A oposição ao prefeito acusa o governo de querer lotear a máquina administrativa para facilitar as votações no Legislativo.

"Parece excessivo o número de cargos descongelados. Espero que isso não seja uma moeda de troca para receber apoio político de aliados, um mero loteamento. Não podemos permitir jamais o uso da máquina pública para esses fins. Que os cargos sejam ocupados por pessoas que podem realizar um serviço de excelência elevando os padrões do atendimento público", afirma Ricardo Young (PPS).

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