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Haddad cumprimenta Doria e diz que transição será tranquila

Haddad disse que telefonou para Doria, antes da entrevista, colocando-se à disposição deste que a transição de governo ocorra de forma transparente e tranquila

Haddad: “Em um país onde vemos fragilizadas as instituições republicanas, e fragilidade da República, penso que temos que dar exemplo" (Flickr/Fernando Haddad)
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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2016 às 21h48.

Em entrevista concedida há pouco, o atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad , que tentava a reeleição pelo PT, cumprimentou o candidato do PSDB, João Doria , que venceu a disputa em primeiro turno.

Haddad disse que telefonou para Doria, antes da entrevista, colocando-se à disposição deste que a transição de governo ocorra de forma transparente e tranquila.

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“Coloquei toda a equipe da prefeitura, a começar por mim, à inteira disposição [dele] para efetuarmos a melhor transição possível, pensando nos interesses da cidade”, disse o prefeito.

“Em um país onde vemos fragilizadas as instituições republicanas, e fragilidade da República, penso que temos que dar exemplo e fortalecer as instituições, e uma das instituições que mais prezo são as transições de governo, porque isso revela espírito público, respeito à democracia, respeito ao resultado das urnas e à vontade popular. No que diz respeito à minha equipe, estaremos, a partir de amanhã [3], à disposição do prefeito eleito para que possamos elaborar um plano de transição que seja o mais tranquilo possível para que a cidade só ganhe”, disse Haddad.

Haddad disse que foi “a maior honra” ter governado a cidade de São Paulo e que carrega a “sensação de dever cumprido”. “Tenho certeza de que estamos deixando um legado aqui”, afirmou o atual prefeito.

Ele disse que gostaria de ter ido ao segundo turno, no qual mostraria seu plano de governo e o confrontaria com o de Doria, mostrando as diferenças entre ambos.

“Temos a convicção de que esse legado para o futuro de São Paulo é importante discutir. E, mesmo na eventualidade de derrota em um segundo turno, a cidade teria ganho em termos de aprendizado, que esse projeto pudesse ser defendido em igualdade de condições. Mas não tivemos essa oportunidade.”

“O interesse de São Paulo sempre estará à frente de todo e de qualquer interesse”, ressaltou.

Eleição de Suplicy

Haddad comemorou a eleição do ex-senador Eduardo Suplicy, também do PT, que foi o candidato a vereador mais votado na capital.

Segundo Haddad, sua coligação, formada por PT, PCdoB, PR, PDT e PROS, deve eleger 14 vereadores para a Câmara paulista. “Na comparação com 2012, saímos de 15 [vereadores eleitos] para 14."

“Aprovamos talvez o maior legado da cidade de São Paulo, o da legislação urbanística. Estamos deixandoa a dívida resolvida, estamos deixando o Plano Diretor, a Lei de Zoneamento e tudo isso muito bem encaminhado e equacionado. A vida dos prefeitos, daqui para a frente, será mais fácil do que foi a minha até aqui. Mas é para isso que serve uma boa administração”, acrescentou.

Pouco antes da entrada de Haddad na sala do Diretório Municipal do PT para conceder entrevista, militantes do partido gritaram palavras contra a Rede Globo, chamando-a de golpista. Ele entrou na sala sob aplausos e gritos de “Força, Haddad e “melhor prefeito”.

Ele falou por cerca de 10 minutos e deixou o local sem responder a perguntas de jornalistas.

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