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Haddad critica "silêncio absoluto" do TSE sobre caixa 2 de Bolsonaro

"Se a Justiça tomar providências, podemos ter menos desequilíbrio no segundo turno do que teve no primeiro", afirmou o petista

FERNANDO HADDAD: crítica ao TSE pelo petista foi feita nesta sexta-feira (Amanda Perobelli/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de outubro de 2018 às 15h07.

Última atualização em 19 de outubro de 2018 às 15h10.

Rio - O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad , criticou na manhã desta sexta-feira, 19, o "silêncio absoluto" do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a denúncia publicada na quinta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo de que empresas compraram pacotes de disparos de milhões de mensagens via WhatsApp, de apoio ao candidato ao PSL, Jair Bolsonaro (PSL), e contra o PT.

"Estamos a 10 dias do segundo turno. Se a Justiça tomar providências, podemos ter menos desequilíbrio no segundo turno do que teve no primeiro", afirmou Haddad. "O que aconteceu já é muito grave. Muitos parlamentares, uma parte do novo Congresso, foram eleitos com base nessa emissão de mensagens. Santinhos foram distribuídos em massa. É uma Justiça analógica para um crime digital."

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Ele lamentou ataques feitos por eleitores de Bolsonaro à jornalista autora da reportagem. "Meu adversário não convive bem com jornalismo livre. Nós nem temos jornalismo livre", declarou Haddad, criticando a concentração dos veículos de comunicação.

Haddad também fez críticas à elite brasileira (que em parte apoia Bolsonaro). "Trata-se de um momento difícil porque a elite, que durante dois anos procurava o seu (Emmanuel) Macron (presidente da França), nos entregou Jair Bolsonaro, tamanha desproporção que existe entre um estadista, do qual você pode divergir, e uma pessoa que figura entre os piores parlamentares da história republicana."

Sobre a afirmação de Bolsonaro, de que o candidato do PSL já está "com a mão na faixa presidencial", Haddad classificou de "arrogância de quem é inexperiente".

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