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Haddad apresenta a família e diz que mudou a Educação

Ao colocar a família na TV, a campanha petista cumpre a estratégia de mostrá-lo como membro de uma típica família paulistana


	Propaganda de Haddad: o programa mostra Lula revelando que admira o candidato por sua "criatividade" e pelo "sentimento" que o envolve nos projetos
 (Reprodução/YouTube)

Propaganda de Haddad: o programa mostra Lula revelando que admira o candidato por sua "criatividade" e pelo "sentimento" que o envolve nos projetos (Reprodução/YouTube)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2012 às 22h28.

São Paulo - Uma semana após o início do horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, apresentou sua biografia e trouxe sua família para o programa da noite desta segunda-feira. Além da mãe, da mulher e dos dois filhos, o programa petista mostrou os depoimentos de seu padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do seu sucessor no Ministério da Educação, Aloizio Mercadante, que o identificaram como "o homem que mudou a história da Educação no País".

Ao colocar a família na TV, a campanha petista cumpre a estratégia de mostrá-lo como membro de uma típica família paulistana. "A gente se ama muito. É uma família unida mesmo", afirma Ana Carolina, filha do candidato. "Fernando é um grande pai", emenda a esposa Ana Estela. O petista também conta sua vida de filho de comerciante da região da 25 de Março e sua trajetória na Faculdade de Direito do Largo São Francisco.

Em seguida, o programa mostra Lula revelando que admira o candidato por sua "criatividade" e pelo "sentimento" que o envolve nos projetos. "São pessoas assim que conseguem fazer as grandes transformações sociais", afirma o ex-presidente. Mercadante se apresenta na sequência explicando o ProUni, criado por Haddad, e no afinal aparece o cientista Miguel Nicolelis elogiando o petista.

O tucano José Serra manteve em seu programa de críticas à gestão petista de Marta Suplicy (2001-2004) e as promessas "mirabolantes" do atual candidato do PT. O início do programa foi marcado por exibição de cenas, gravadas em 2004, onde aparecem hospitais abandonados e usuários reclamando da situação. Serra é apresentado pela campanha como homem que colocou "ordem na casa".


O programa segue exibindo os Centros Educacionais Unificados (CEUs) de "Serra e Kassab" e promete que a Prefeitura, sob seu comando, continuará investindo na ampliação da rede metroviária ao lado do governo estadual. "São Paulo é uma cidade que não se pode entregar nas mãos de quem não tem experiência", finaliza um eleitor do tucano.

Gabriel Chalita, do PMDB, enfatizou a estratégia de apresentar sua biografia e de criticar a disputa política entre PT e PSDB. Ao defender a construção de mais habitações populares para moradores de favelas através do programa federal "Minha Casa Minha Vida", o peemedebista disse que a Prefeitura do Rio de Janeiro conseguiu construir 12 vezes mais unidades do que a gestão paulistana porque fez convênio com o governo federal. "É possível acabar com essa história. Chega de picuinha", pregou o candidato, que afirma ser o único capaz de unir governos estadual e federal em torno de sua administração.

Já o candidato do PRB, Celso Russomanno, manteve a divulgação de cenas externas de sua campanha, sempre o exibindo "no meio do povo, entendendo suas necessidades". "Não tenho político famoso para me apadrinhar, então você será minha madrinha", diz o candidato a uma eleitora.

Soninha Francine (PPS) repetiu o programa onde narra a história de uma criança com dificuldades de aprendizado.

O candidato do PRTB, Levy Fidelix, repetiu as acusações de que seus adversários copiam seus programas. "Que copiem ou plagiem, mas que o façam o quanto antes", afirmou. Carlos Giannazi (PSOL) defendeu o controle social da administração municipal e prometeu eleição direta para a escolha de subprefeitos. Ana Luiza Figueiredo(PSTU) disse que Haddad e Serra andam de helicóptero e "não precisam de Metrô e ônibus" e que, se eleita, pretende estatizar as empresas de ônibus. Paulinho da Força (PDT) disse que promoverá um "choque de gestão" na saúde. José Maria Eymael (PSDC) afirmou que pretende governar a cidade "com pulso" e Anaí Caproni (PCO) pregou a mobilização para "acabar com a ditadura dos governos". Miguel Manso (PPL) defendeu a criação de políticas para reter as empresas na cidade.

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