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Haddad anuncia dois novos nomes para Fazenda; veja os indicados

Fernando Haddad anunciou dois novos nomes que vão compor o Ministério da Fazenda no âmbito da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional

Haddad: indicado a ministro da Fazenda afirmou que governo está comprometido com responsabilidade fiscal, mas precisa "tomar posse" (Andressa Anholete/Bloomberg/Getty Images)

Haddad: indicado a ministro da Fazenda afirmou que governo está comprometido com responsabilidade fiscal, mas precisa "tomar posse" (Andressa Anholete/Bloomberg/Getty Images)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 19 de dezembro de 2022 às 12h45.

Última atualização em 19 de dezembro de 2022 às 13h10.

O ministro indicado da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou nesta segunda-feira, 19, dois novos nomes que comporão a equipe do próximo governo.

Haddad indicou Anelize Lenzi Ruas de Almeida para o comando da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Almeida já estava na Procuradoria desde 2006. O subprocurador será Gustavo Caldas.

Haddad afirmou que cuidou pessoalmente da escolha dos dois nomes e que a PGFN tem um papel relevante, ao tratar de "um tema da maior importância para o equilíbrio fiscal do país", segundo afirmou em pronunciamento nesta manhã, em Brasília. A PGFN representa a União na fiscalização e cobrança de dívidas tributárias, além de aval para ações e contratos do Ministério da Fazenda.

Os dois nomes se somam aos já indicados na semana passada: os economistas Bernard Appy, para a Secretaria Especial de Reforma Tributária, e Gabriel Galípolo, que será o secretário-executivo da Fazenda, cargo de "número 2" da pasta abaixo do ministro. O anúncio de novos nomes ainda é esperado antes do fim do ano e da posse do novo governo, que acontece em 1º de janeiro.

"O governo precisa tomar posse", diz Haddad

Respondendo a perguntas de jornalistas após o anúncio dos novos nomes, Haddad falou também sobre o processo de aprovação da PEC de Transição no Congresso, que abre espaço para a recomposição do orçamento de programas sociais e promessas de campanha do presidente eleito Lula (PT).

"Precisamos nesse momento que o Congresso compreenda que aquilo que foi contratado com a sociedade tem que ser pago. Temos um compromisso", disse Haddad. "E temos um compromisso também com neutralidade fiscal. A ideia de que o orçamento como proporção do PIB não pode ser menor que o do ano passado."

Haddad afirmou ainda que o governo está comprometido com a responsabilidade fiscal, mas que certas medidas não podem ser tomadas antes da posse. "Em janeiro, com toda a calma, vamos apresentar a sustentabilidade do plano que temos a apresentar", disse. "O governo precisa tomar posse."

O futuro ministro da Fazenda, indicado por Lula neste mês, também criticou a relação na transição com o governo do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

Na semana passada, Haddad se reuniu pela segunda vez com o atual ministro da Economia, Paulo Guedes (a pasta será desmembrada para a criação da Fazenda).

"Não estamos tendo toda a colaboração do mundo nessa transição. Precisamos lidar com um tipo de problema que não é comum, que é uma transição difícil, tensa, que não conta com a colaboração do atual governo."

Haddad disse que governo atual "não está sendo agente para resolver o problema que ele próprio criou".

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