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Presidente do Inep é demitido depois de apenas 17 dias no cargo

Elmer Vicenzi defende a forma como o Enem é feito e é contra propostas da gestão anterior, que pretendia adequar questões

Vicenzi é a primeira baixa do MEC na gestão de Abraham Weintraub (José Cruz/Agência Brasil)

Vicenzi é a primeira baixa do MEC na gestão de Abraham Weintraub (José Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de maio de 2019 às 19h06.

Última atualização em 16 de maio de 2019 às 19h08.

O presidente do Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais (Inep), Elmer Vicenzi, foi demitido nesta quinta-feira, 16. Ele estava no cargo desde 29 de abril.

Vicenzi é ex-delegado da Polícia Federal e assumiu após a demissão de Marcus Vinicius Rodrigues, que foi o primeiro a assumir o posto na gestão de Jair Bolsonaro e caiu porque resolveu acabar com a avaliação de alfabetização.

O órgão é responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Vicenzi estava em meio a uma disputa com integrantes da procuradoria do Ministério da Educação (MEC), órgão ao qual o Inep é ligado. Ele defendia a transparência dos dados produzidos pelo Inep, como avaliações e indicadores educacionais. havia divergências também em relação ao Enem.

Vicenzi é a primeira baixa do MEC na gestão de Abraham Weintraub. A pasta ficou marcada pelas dezenas de demissões quando Ricardo Vélez Rodríguez era o ministro.

O ex-presidente elogiava da forma como o Enem é atualmente e inutilizou o relatório de uma comissão que foi formada na gestão anterior para analisar a "adequação" das questões. A ideia era a de que o grupo identificasse questões que tivessem "teor ofensivo". Ele chegou a declarar que os itens (como são chamadas as perguntas da prova) são bens públicos e não poderiam ser jogados fora.

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