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Guerra da segurança só se ganha com emprego, diz Pezão a Temer

Em evento no Rio, o governador do Estado disse que a intervenção só será eficaz quando a população tiver carteira de trabalho assinada

Pezão: "O que nós precisamos no Estado do Rio é de muita segurança, e o senhor está nos auxiliando" (Agência Brasil/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de fevereiro de 2018 às 12h26.

Rio - O governador do Rio , Luiz Fernando Pezão (MDB), disse nesta terça-feira, 20, em evento da Marinha do qual participou com o presidente Michel Temer (MDB), que o combate à violência só será eficaz se houver crescimento econômico e geração de emprego.

Pezão, Temer, cinco ministros de Estado e autoridades militares participaram da Cerimônia de Início da Integração dos Submarinos Classe Riachuelo, da Marinha, no complexo naval do município de Itaguaí, Região Metropolitana da capital.

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"O que nós precisamos no Estado do Rio é de muita segurança, e o senhor está nos auxiliando, sendo parceiro nosso. Mas precisamos muito de emprego, que a atividade econômica cresça", disse, dirigindo-se a Temer.

"A gente só ganha a guerra da segurança pública com a carteira de trabalho assinada, algo que todos os trabalhadores querem ter."

Pezão citou a intervenção federal na segurança, iniciada no fim de semana. "O senhor está retornando ao Rio três dias depois de a gente ter sentado para conversar para colocar as Forças Armadas à disposição do Estado para a gente vencer essa chaga da droga. Do fundo do meu coração, meu grande agradecimento ao senhor".

Ele afirmou que, com o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), foram gerados 4,7 mil postos de trabalho diretamente.

Parte do Prosub da Marinha, o Riachuelo é o primeiro dos quatro submarinos convencionais (com motores diesel-elétricos) que estão sendo construídos no Estaleiro e Base Naval (EBN) de Itaguaí. O submarino deve ser lançado ao mar no segundo semestre. Isso, caso não ocorram mais atrasos.

Sob investigação da Lava Jato por incluir a Odebrecht, o Prosub, orçado em mais de R$ 30 bilhões, está quatro anos atrasado, na esteira de dificuldades orçamentárias e técnicas. Foi iniciado há dez anos, num acordo de arrasto tecnológico com a França que tem como objetivo aumentar a segurança da costa brasileira no futuro.

Também estão presentes na cerimônia os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles; do Planejamento, Dyogo Oliveira; da Defesa, Raul Jungmann; dos Transportes, Mauricio Quintella; da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o comandante da Marinha, Eduardo Bacellar, entre outras autoridades.

Em breve discurso, Jungmann, único ministro a discursar no evento, ressaltou que o Prosub "é importante para a soberania" do País.

"Brasil, embora pacífico, nunca será desarmado na defesa de seu povo e seus interesses", disse. Enquanto o comandante da Marinha falava, Meirelles foi flagrado cochilando por alguns momentos.

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