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Guedes: governo trabalhará "da mesma forma" se houver 2ª onda da covid-19

O governo adotou Orçamento de Guerra para abrir mão de algumas regras para os gastos públicos até 31 de dezembro de 2020

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Paulo Guedes: Quem tem auxílio emergencial precisa sair para trabalhar, diz ministro (Adriano Machado/Reuters)

Paulo Guedes: Quem tem auxílio emergencial precisa sair para trabalhar, diz ministro (Adriano Machado/Reuters)

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Alessandra Azevedo, de Brasília

Publicado em 29 de outubro de 2020 às, 13h31.

Última atualização em 29 de outubro de 2020 às, 14h05.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira, 29, que o governo trabalhará do mesmo jeito, de forma “fulminante e decisiva”, caso chegue ao Brasil uma segunda onda de contaminações pela covid-19, como acontece na Europa. Mas, para ele, o país não pode usar essa possibilidade como desculpa para abrir mão da responsabilidade orçamentária. O ministro participa de audiência pública remota no Congresso, que discute a atuação do governo no combate à pandemia do novo coronavírus.

Guedes garantiu que, caso o país passe por uma segunda onda, medidas excepcionais voltarão a ser adotadas, mas afirmou que esse cenário não está no radar. “Entraremos numa economia de guerra, mas não é o plano A. Não é o que vemos no momento. O que vemos no momento é a doença descendo, a economia voltando, o auxílio emergencial aterrissando”, afirmou. “Se vier uma segunda onda, vamos trabalhar da mesma forma, tão decisiva quanto a primeira. Vamos ter que reagir, vamos corrigir erros ou excessos que tenhamos cometido no primeiro enfrentamento”, assegurou.

“O que nós não podemos é, em vez de enfrentarmos os reais desafios orçamentários, usar essa desculpa para estender tudo isso como se não houvesse amanhã. Para isso, não contem comigo”, afirmou Guedes. O Congresso discute, nos bastidores, a possibilidade de ampliar o prazo de duração do chamado Orçamento de Guerra, que flexibilizou regras para gastos públicos até 31 de dezembro deste ano, para assegurar medidas de combate à pandemia, como auxílios a empresas e trabalhadores.

Mas, para o ministro, o ideal é focar, agora, em aprovar as reformas pendentes. “Se não trabalharmos as reformas, teremos, de novo, um enorme desafio no ano que vem, se voltar uma segunda onda”, acredita. Ao longo do evento, o ministro defendeu a aprovação das reformas administrativa e tributária, além da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial. Também disse defender uma desoneração ampla, para mais de 17 setores.

Guedes se disse favorável, no entanto, a incluir na legislação as condições específicas para lidar com situações similares. “Evidente que essas condições particularíssimas de pandemia que nós enfrentamos juntos têm que ser uma cláusula do novo pacto federativo. O que acontece se amanhã subir o nível do mar? Como vai ser se houver um desastre ambiental? Se houver uma calamidade, um "covid-26"? Como nós vamos enfrentar isso? Precisamos ter uma cláusula de calamidade pública que justamente crie esse sistema de exceção para episódios em que precisemos preservar a vida e o emprego de brasileiros’, defendeu.

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