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Grevistas das universidades estaduais protestam em SP

Manifestação de funcionários, professores e alunos reuniu cerca de 1,5 mil pessoas


	Aluno caminha pelo campus da USP no Butantã em São Paulo
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Aluno caminha pelo campus da USP no Butantã em São Paulo (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 22h30.

São Paulo - Funcionários, professores e alunos das três universidades estaduais de São Paulo - USP, Unicamp e Unesp - realizaram nesta terça-feira, 3, manifestação no centro de São Paulo que reuniu cerca de 1,5 mil pessoas.

O ato fechou a Rua Xavier de Toledo por praticamente toda a tarde. Eles se concentraram na frente da sede da reitoria da Unesp.

Os servidores e alunos das três universidades aprovaram greve no dia 21 de maio depois que os reitores das instituições decidiram congelar salários neste ano, conforme o Estado revelou no dia 13 do mês passado.

O motivo foi a crise financeira que atinge as estaduais, sobretudo a USP - que já gasta mais que 100% de seu orçamento com salários. A adesão da paralisação é diferente em cada unidade.

Os servidores e alunos exigem a reabertura de negociações com o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp), que reúne os dirigentes das três instituições e os secretários de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e da Educação do Estado.

"A gente vai levar a greve até depois da Copa se for preciso", disse aos manifestantes o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), Magno de Carvalho.

O Cruesp está sendo presidido pela reitora em exercício da Unesp, Marilza Rudge - por isso o ato foi lá.

Marilza recebeu ontem à tarde representantes do Fórum das Seis (que congrega as entidades representativas de funcionários, professores e estudantes da USP, Unesp e Unicamp mais Centro Paula Souza).

A reitora da Unesp se comprometeu a levar ao Cruesp o pedido de reabertura de negociações.

As entidades pedem reajuste de 9,78% nos salários. Também reivindicam aumento da parcela fixa do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que vai para as estaduais.

Hoje, 9,57% é destinado para as universidades. A demanda é que chegue a 11,6%. A Tropa de Choque da PM foi acionada e fez um isolamento na entrada da Unesp.

Os estudantes que participavam do ato queriam sair em passeata, mas representantes do Fórum das Seis encerraram o ato após encontro com a reitora.

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