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Greve geral paralisa produção de veículos em SP

Na região do ABC paulista, cerca de 60 mil trabalhadores de montadoras, fabricantes de autopeças e de outras empresas do setor aderiram à greve

Ford informou que suas fábricas em São Bernardo do Campo e em Camaçari (BA) estão paradas com a adesão dos funcionários à greve (Adonis Guerra / Facebook/Reprodução)

Ford informou que suas fábricas em São Bernardo do Campo e em Camaçari (BA) estão paradas com a adesão dos funcionários à greve (Adonis Guerra / Facebook/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 28 de abril de 2017 às 12h55.

São Paulo - A produção de veículos no Estado de São Paulo estava paralisada nesta sexta-feira, em meio à greve geral convocada por várias categorias profissionais do país, segundo informações de montadoras, sindicatos e fontes do mercado.

Na região do ABC paulista, principal polo automotivo do país, cerca de 60 mil trabalhadores de montadoras, fabricantes de autopeças e de outras empresas do setor aderiram à greve, informou o Sindicato do Metalúrgicos do ABC, ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

O ABC, na região metropolitana de São Paulo, abriga cinco montadoras de veículos: Volkswagen, Ford, Toyota, Scania e Mercedes-Benz, que empregam um total de 28 mil trabalhadores.

A Toyota confirmou "paralisação total das operações de produção e parcial das áreas administrativa e comercial" na fábrica em São Bernardo do Campo. A empresa também informou suspensão de produção total de nas unidades em Porto Feliz (SP),Sorocaba (SP), mas atividades normais em Idaiatuba (SP).

Um fonte do mercado informou paralisação total da General Motors no Estado de São Paulo, onde a montadora norte-americana, que não comentou o assunto, tem fábricas de veículos em São Caetano do Sul, na região do ABC, e em São José dos Campos.

A Mercedes-Benz, que tem fábrica de caminhões e chassis de ônibus em São Bernardo do Campo, informou que a produção na cidade está parada após acordo com trabalhadores "para evitar transtornos de deslocamento que poderiam ser gerados pela greve".

As horas não trabalhadas pelos cerca de 7.700 funcionários da unidade serão descontadas de banco de horas, acrescentou a companhia. Em Iracemápolis (SP), trabalhadores da fábrica de automóveis da marca alemã foram impedidos de entrar na unidade e a produção está parada. O mesmo aconteceu no centro de serviços em Campinas (SP). Já a fábrica de caminhões em Juiz de Fora (MG) está operando normalmente, informou a Mercedes-Benz.

Ford informou que suas fábricas em São Bernardo do Campo e em Camaçari (BA) estão paradas com a adesão dos funcionários à greve.

A Volkswagen em São Bernardo do Campo não comentou o assunto, mas a unidade MAN Latin America, de caminhões e ônibus do grupo alemão, afirmou que a unidade em Resende (RJ) está operando.

O grupo Fiat Chrysler, maior vendedor de veículos do Brasil, também afirmou que suas fábricas em Betim (MG) e em Goiana (PE) estavam operando normalmente.

Representantes da Scania não puderam ser contatados para comentar o assunto.

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