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Greve dificulta transporte de passageiros no DF

A Companhia do Metropolitano disponibilizou sete trens nos horários de pico: pela manhã e no fim da tarde. No intervalo, apenas 4 trens circulam


	Metrô de Brasília lotado: metrô circulou com 17 trens a menos que habitual no início da manhã. Com a superlotação, muitos passageiros não conseguiram embarcar
 (Antonio Cruz/ABr)

Metrô de Brasília lotado: metrô circulou com 17 trens a menos que habitual no início da manhã. Com a superlotação, muitos passageiros não conseguiram embarcar (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 14h55.

Brasília - Pelo menos 140 mil passageiros enfrentaram tumulto hoje no metrô do Distrito Federal em razão de greve dos metroviários. A Companhia do Metropolitano disponibilizou sete trens nos horários de pico: pela manhã e no fim da tarde. No intervalo, apenas 4 trens circulam.

O metrô circulou com 17 trens a menos que habitual no início da manhã. Com a superlotação, muitos passageiros não conseguiram embarcar. A empregada doméstica Janeci Silva chegou à estação Praça do Relógio, em Taguatinga, às 6h40. Quase uma hora depois, ela ainda não havia embarcado. “Já passaram dois trens, mas estavam cheios e não consegui entrar. Eu tinha que estar no trabalho às 7 horas, estou muito atrasada”.

Por causa da greve, a direção do metrô fechou 10 estações. Os embarques estão sendo feitos apenas em 14 das 24 estações. Muitos passageiros não sabiam e encontraram as portas fechadas. Foi o que aconteceu com a vendedora Josilene Lima, na estação Concessionárias, em Águas Claras. “Agora não sei o que vou fazer. Não conheço a cidade, vou procurar outra estação”, afirmou.

O coordenador do Sindicato dos Metroviários, Luciano Costa, disse que os trabalhadores cobram reajuste salarial de 10%, cumprimento do acordo coletivo e redução da jornada de trabalho de 8 para 6 horas diárias. “A jornada de 6 horas dos pilotos está há quase 4 anos em fase experimental, prova que a redução é possível, mas o metrô não formaliza. E, para as demais áreas com regime de 8 horas diárias, queremos o prazo de um ano para a redução da carga”, declara o sindicalista.

O secretário de Administração Pública do DF, Wilmar Lacerda, disse que não há possibilidade de aumentar os salários dos metroviários: no ano passado já foi dado reajuste. “O salário de um piloto passou de R$ 2.200 para R$ 4.600. Não há condição de dobrar o salário dos servidores e, no ano seguinte, eles fazerem nova greve”. Lacerda também disse que os grevistas vão ter o ponto cortado.

O Governo do Distrito Federal informou que conseguiu liminar na Justiça que garante o acesso de servidores e passageiros às instalações do metrô. Agora, o GDF quer que a Justiça decrete a ilegalidade da greve dos metroviários.

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