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Greve de policiais pode estender-se a outros estados

Policiais do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Maranhão e Pernambuco também ameaçam uma paralisação; autoridades temem que greves prejudiquem o Carnaval

Soldados cercaram a Assembleia Legislativa na Bahia: temor de novas greves pelo país (Adenilson Nunes/SECOM)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2012 às 14h09.

Rio de Janeiro - Líderes de associações de policiais de diferentes regiões admitiram nesta terça-feira que pode estender-se para outros estados a greve iniciada há uma semana pelos policiais militares da Bahia para exigir melhores salários.

'Na próxima quinta-feira haverá uma assembleia dos policiais do estado do Rio de Janeiro na qual pode ser aprovada uma greve para pressionar por aumentos salariais', disse hoje à agência Efe o ex-deputado federal Capitão Assumção, porta-voz das reivindicações dos policiais.

Caso se concretize, a greve poderia ameaçar o Carnaval da cidade, que atrai milhares de turistas de outras partes do Brasil e do exterior.

Assumção acrescentou que os policiais do Espírito Santo também realizarão na próxima semana uma reunião para decidir se paralisam suas atividades como forma de reivindicar melhores salários. Dirigentes de Pernambuco e Maranhão dizem que podem seguir o mesmo caminho.

O porta-voz afirmou que os policiais de diversos estados também estudam a possibilidade de entrar em greve caso o Exército tente ocupar a sede da Assembleia Legislativa de Salvador, na qual vários grevistas estão entrincheirados há uma semana com alguns familiares e em cujo exterior já foram registrados alguns incidentes.

Assumção confirmou os temores expressados por alguns membros do Governo que, por trás das paralisações de policiais, há uma mobilização política para pressionar o Congresso a votar a proposta de emenda constitucional conhecida como PEC 300 que estabelece um piso salarial nacional para a categoria.

Esta emenda prevê que o salário mínimo dos policiais em todo Brasil devem ser equiparados aos que recebem os oficias de Brasília (R$ 3,5 mil).

O projeto, do qual Assumção foi o maior impulsor quando foi deputado federal, prevê a criação de um fundo com o qual o Governo possa auxiliar os estados que não possam pagar esse salário mínimo.


Segundo o ex-deputado federal, a decisão da Câmara dos Deputados de adiar a votação da PEC 300 gerou protestos de policiais em diferentes estados.

'Os porta-vozes do Governo no Congresso nos disseram que pretendem arquivar a emenda porque consideram que o salário dos policiais é um assunto regional e não nacional. Esse recado gerou insatisfação entre os policiais de diferentes estados e pode motivar novas greves', afirmou.

Acrescentou que inclusive em estados onde as greves já haviam sido resolvidas, como Piauí, Maranhão, Alagoas, Paraíba e Ceará, 'a Polícia já pensa em reiniciar as manifestações'.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, admitiu em entrevista ao jornal 'O Estado de S. Paulo' que o Governo tem conhecimento de uma campanha articulada por policiais de diferentes estados para pressionar pela aprovação da PEC 300 mediante atos violentos.

Segundo Cardoso, os policiais optaram por meios violentos para fazer eco de suas reivindicações salariais.

Na Bahia, a greve se mantém apesar dos pedidos das autoridades para que os policiais voltem ao trabalho e garantam a segurança no estado, onde já foram registrados cerca de 100 assassinatos e outros atos violentos desde que começou a paralisação. EFE

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Rio de Janeiro - Líderes de associações de policiais de diferentes regiões admitiram nesta terça-feira que pode estender-se para outros estados a greve iniciada há uma semana pelos policiais militares da Bahia para exigir melhores salários.

'Na próxima quinta-feira haverá uma assembleia dos policiais do estado do Rio de Janeiro na qual pode ser aprovada uma greve para pressionar por aumentos salariais', disse hoje à agência Efe o ex-deputado federal Capitão Assumção, porta-voz das reivindicações dos policiais.

Caso se concretize, a greve poderia ameaçar o Carnaval da cidade, que atrai milhares de turistas de outras partes do Brasil e do exterior.

Assumção acrescentou que os policiais do Espírito Santo também realizarão na próxima semana uma reunião para decidir se paralisam suas atividades como forma de reivindicar melhores salários. Dirigentes de Pernambuco e Maranhão dizem que podem seguir o mesmo caminho.

O porta-voz afirmou que os policiais de diversos estados também estudam a possibilidade de entrar em greve caso o Exército tente ocupar a sede da Assembleia Legislativa de Salvador, na qual vários grevistas estão entrincheirados há uma semana com alguns familiares e em cujo exterior já foram registrados alguns incidentes.

Assumção confirmou os temores expressados por alguns membros do Governo que, por trás das paralisações de policiais, há uma mobilização política para pressionar o Congresso a votar a proposta de emenda constitucional conhecida como PEC 300 que estabelece um piso salarial nacional para a categoria.

Esta emenda prevê que o salário mínimo dos policiais em todo Brasil devem ser equiparados aos que recebem os oficias de Brasília (R$ 3,5 mil).

O projeto, do qual Assumção foi o maior impulsor quando foi deputado federal, prevê a criação de um fundo com o qual o Governo possa auxiliar os estados que não possam pagar esse salário mínimo.


Segundo o ex-deputado federal, a decisão da Câmara dos Deputados de adiar a votação da PEC 300 gerou protestos de policiais em diferentes estados.

'Os porta-vozes do Governo no Congresso nos disseram que pretendem arquivar a emenda porque consideram que o salário dos policiais é um assunto regional e não nacional. Esse recado gerou insatisfação entre os policiais de diferentes estados e pode motivar novas greves', afirmou.

Acrescentou que inclusive em estados onde as greves já haviam sido resolvidas, como Piauí, Maranhão, Alagoas, Paraíba e Ceará, 'a Polícia já pensa em reiniciar as manifestações'.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, admitiu em entrevista ao jornal 'O Estado de S. Paulo' que o Governo tem conhecimento de uma campanha articulada por policiais de diferentes estados para pressionar pela aprovação da PEC 300 mediante atos violentos.

Segundo Cardoso, os policiais optaram por meios violentos para fazer eco de suas reivindicações salariais.

Na Bahia, a greve se mantém apesar dos pedidos das autoridades para que os policiais voltem ao trabalho e garantam a segurança no estado, onde já foram registrados cerca de 100 assassinatos e outros atos violentos desde que começou a paralisação. EFE

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