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Veja transcrição e áudio da reunião entre Bolsonaro e Ramagem sobre investigação de Flávio

A gravação foi colhida durante a investigação Operação Última Milha, que tem como objetivo desarticular uma suposta organização criminosa de espionagem ilegal

Bolsonaro e Ramagem confraternizam na posse do novo diretor-geral da Polícia Federal (Adriano Machado/Reuters)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 15 de julho de 2024 às 18h58.

Última atualização em 15 de julho de 2024 às 19h01.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes , retirou nesta segunda-feira, 15, o sigilo de uma gravação de uma reunião entre o então presidente Jair Bolsonaro (PL), o general Augusto Heleno, então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Alexandre Ramagem, então chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e advogados do senador Flávio Bolsonaro.

No encontro, realizado no Palácio do Planalto em 25 de agosto de 2020, Bolsonaro, Ramagem, Heleno e os advogados discutiram sobre a investigação que trata de um suposto caso de rachadinha contra Flávio Bolsonaro. Em um dos trechos do áudio, a advogada Luciana Pires fala da necessidade de buscar dados sobre pessoas envolvidas em apurações sobre Flávio.

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Bolsonaro sugere falar com o então secretário da Receita, José Tostes, e o então chefe do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), empresa estatal de processamento de dados do governo. "É o caso de conversar com o chefe da Receita", afirmou Bolsonaro.

O áudio foi apreendido no computador de Ramagem e tem 1 hora e oito minutos de duração.

Veja a íntegra da transcrição da gravação aqui.

Veja a íntegra da gravação aqui.

A gravação foi colhida durante a investigação Operação Última Milha, que tem como objetivo desarticular uma suposta organização criminosa de espionagem ilegal de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), deputados, senadores, ex-presidenciáveis e jornalistas utilizando-se de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A estrutura também produzia dossiês enotícias falsas para ter ganhos políticos, aponta a investigação da PF. O caso ficou conhecido como "Abin Paralela".

A PF afirma que existiu um núcleo dentro da Abin para produção de provas a favor de Flávio Bolsonaro. Verificou-se que dois investigados no caso realizaram um levantamento sobre três auditores da Receita Federal vinculados ao relatório que deu origem a investigação da rachadinha contra o filho de Bolsonaro.

Mais informações em instantes.

Acompanhe tudo sobre:Jair BolsonaroSupremo Tribunal Federal (STF)Alexandre de Moraes

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