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Grande medo da oposição é que eu volte em 2018, diz Lula

Segundo o ex-presidente, a oposição está inconformada com a derrota nas eleições de 2014 e tem feito tudo para impedir a presidente Dilma de governar

Luiz Inácio Lula da Silva: "Vamos aguardar. Durante três anos, muitas coisas podem mudar", disse o ex-presidente (Ricardo Stuckert/ Instituto Lula)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2015 às 17h44.

Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, 9, em entrevista a uma rádio da Colômbia, que o grande medo da oposição brasileira atualmente é com a possibilidade de ele voltar à Presidência da República em 2018.

Embora já tenha admitido na semana passada em Brasília que poderá ser candidato novamente, Lula evitou dizer na entrevista se será candidato. Ele destacou que estará "muito feliz apoiando um companheiro".

"Agora o grande medo deles é a possibilidade de Lula voltar em 2018. Uma coisa que eu acho loucura, porque ainda faltam três anos", afirmou.

Na avaliação do ex-presidente, a oposição está inconformada com a derrota nas eleições de 2014 e, por isso, tem feito tudo para obstruir qualquer possibilidade de a presidente Dilma Rousseff governar com "tranquilidade" e de o PT conquistar a Presidência da República pela quinta vez consecutiva.

Questionado se será candidato, Lula pregou cautela. "Vamos aguardar. Durante três anos, muitas coisas podem mudar. Sou um político muito prático, prefiro deixar que a sociedade se mova. Vai chegar o momento de ver quem poderá ser candidato", afirmou.

"Te digo de coração: irei contra qualquer candidatura que signifique um retrocesso nas conquistas sociais do povo brasileiro. Estarei no campo de batalha de novo para manter as conquistas", acrescentou.

Corrupção

Na entrevista, o ex-presidente também reconheceu que a corrupção interfere na economia, mas é apenas um "ingrediente" da conjuntura atual.

"Não é a coisa que pode atrapalhar a economia", disse. O petista destacou que "haverá um momento" em que os brasileiros vão entender que grande parte do processo de apuração da corrupção no Brasil atualmente se deve a mecanismos criados pelo próprio governo.

Lula defendeu que a presidente Dilma Rousseff, como outros presidentes, deve deixar a apuração dos escândalos com a polícia e a Justiça e se concentrar em cuidar da economia brasileira.

"Não podemos pôr a culpa (da crise) apenas na corrupção. Ela realmente interfere, mas qualquer governo tem que deixar a corrupção para polícia e se preocupar com a economia", afirmou o petista.

Crise política e econômica

O ex-presidente avaliou que as dificuldades enfrentadas pelo Brasil são "conjunturais" e previu que, embora esteja durando mais que o governo esperava, a crise deve acabar em breve.

Para ele, já está "consagrado" que o Brasil terá PIB negativo neste ano. "E necessitamos trabalhar muito para evitar um PIB negativo em 2016".

Lula voltou a defender medidas para estimular o mercado interno, como a concessão de crédito para população, indústria e, sobretudo, pequenas empresas.

O petista avaliou ainda que a crise política deve ser solucionada em breve, após a presidente Dilma ter recomposto sua base aliada no Congresso.

Ele se referia à reforma ministerial, na qual a petista deu mais espaço ao PMDB, partido com as maiores bancadas no Congresso e o comando das duas Casas.

"Penso que ela vai conseguir agora aprovar as medidas importantes do cumprimento do ajuste fiscal para que o Brasil possa voltar a crescer em 2016", disse.

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Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, 9, em entrevista a uma rádio da Colômbia, que o grande medo da oposição brasileira atualmente é com a possibilidade de ele voltar à Presidência da República em 2018.

Embora já tenha admitido na semana passada em Brasília que poderá ser candidato novamente, Lula evitou dizer na entrevista se será candidato. Ele destacou que estará "muito feliz apoiando um companheiro".

"Agora o grande medo deles é a possibilidade de Lula voltar em 2018. Uma coisa que eu acho loucura, porque ainda faltam três anos", afirmou.

Na avaliação do ex-presidente, a oposição está inconformada com a derrota nas eleições de 2014 e, por isso, tem feito tudo para obstruir qualquer possibilidade de a presidente Dilma Rousseff governar com "tranquilidade" e de o PT conquistar a Presidência da República pela quinta vez consecutiva.

Questionado se será candidato, Lula pregou cautela. "Vamos aguardar. Durante três anos, muitas coisas podem mudar. Sou um político muito prático, prefiro deixar que a sociedade se mova. Vai chegar o momento de ver quem poderá ser candidato", afirmou.

"Te digo de coração: irei contra qualquer candidatura que signifique um retrocesso nas conquistas sociais do povo brasileiro. Estarei no campo de batalha de novo para manter as conquistas", acrescentou.

Corrupção

Na entrevista, o ex-presidente também reconheceu que a corrupção interfere na economia, mas é apenas um "ingrediente" da conjuntura atual.

"Não é a coisa que pode atrapalhar a economia", disse. O petista destacou que "haverá um momento" em que os brasileiros vão entender que grande parte do processo de apuração da corrupção no Brasil atualmente se deve a mecanismos criados pelo próprio governo.

Lula defendeu que a presidente Dilma Rousseff, como outros presidentes, deve deixar a apuração dos escândalos com a polícia e a Justiça e se concentrar em cuidar da economia brasileira.

"Não podemos pôr a culpa (da crise) apenas na corrupção. Ela realmente interfere, mas qualquer governo tem que deixar a corrupção para polícia e se preocupar com a economia", afirmou o petista.

Crise política e econômica

O ex-presidente avaliou que as dificuldades enfrentadas pelo Brasil são "conjunturais" e previu que, embora esteja durando mais que o governo esperava, a crise deve acabar em breve.

Para ele, já está "consagrado" que o Brasil terá PIB negativo neste ano. "E necessitamos trabalhar muito para evitar um PIB negativo em 2016".

Lula voltou a defender medidas para estimular o mercado interno, como a concessão de crédito para população, indústria e, sobretudo, pequenas empresas.

O petista avaliou ainda que a crise política deve ser solucionada em breve, após a presidente Dilma ter recomposto sua base aliada no Congresso.

Ele se referia à reforma ministerial, na qual a petista deu mais espaço ao PMDB, partido com as maiores bancadas no Congresso e o comando das duas Casas.

"Penso que ela vai conseguir agora aprovar as medidas importantes do cumprimento do ajuste fiscal para que o Brasil possa voltar a crescer em 2016", disse.

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