Brasil

Governo quer reajuste da tabela do IR em 4,5%

Nos bastidores, a orientação do Planalto é não negociar esse índice

Candido Vaccarezza, líder do governo na Câmara: reajuste da tabela do IR só depois do mínimo (Fábio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

Candido Vaccarezza, líder do governo na Câmara: reajuste da tabela do IR só depois do mínimo (Fábio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 09h30.

Brasília - Perto de ser encerrada a novela do salário mínimo, o próximo passo da presidente Dilma Rousseff é corrigir a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). A tendência é que ela seja reajustada em 4,5%, correspondente à meta de inflação para este ano.

“Eu posso afirmar que, quando a presidente sancionar a lei do salário mínimo, será editada uma medida provisória com a correção da tabela do imposto de renda, muito provavelmente, tendo o centro da meta da inflação”, disse o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).

No Palácio do Planalto, a orientação que circula nos bastidores é não negociar esse índice. O problema é que as centrais querem correção de 6,47%, correspondente à inflação de 2010 medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o mesmo que corrigiu o salário mínimo e as aposentadorias.

Além disso, o governo está inclinado a tratar do reajuste apenas para 2011. Não se cogita fixar uma regra até 2015, como sugeriram os sindicalistas, para manter uma simetria com a política de valorização do salário mínimo. A ideia é calibrar, a cada ano, a renúncia de receita que poderá ser feita em benefício dos contribuintes. Em 2011, por exemplo, a perda de arrecadação decorrente da correção da tabela será da ordem de R$ 2,2 bilhões.

Apesar da posição fechada em 4,5%, o Planalto vem acenando com um diálogo com as centrais sindicais. Na última terça-feira, o ministro-chefe da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, disse ao deputado Paulinho da Força (PDT-SP), presidente da Força Sindical, que queria conversar sobre a tabela do IRPF. “Eu disse a ele que só teria reunião se houver margem para negociação”, afirmou o sindicalista. “Se não, é melhor o governo divulgar sua proposta e pronto.”

Acompanhe tudo sobre:ImpostosLeãoImposto de Renda 2020

Mais de Brasil

“Rio atmosférico” pode provocar até 200 mm de chuva no RS nesta semana

Governo do Rio envia ao STF plano para retomar controle de áreas dominadas pelo crime

Moraes concede prisão domiciliar para general Augusto Heleno

Justiça condena Washington Reis por fraude imobiliária em Duque de Caxias