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Governo quer mais rigor na fiscalização da Infraero

Embora afirme que punição ao não cumprimento de contratos está em análise, ministro Moreira Franco destacou que a prioridade não é a simples aplicação de multas

Moreira Franco: para ministro, é fundamental que contratos assinados no país sejam respeitados (Valter Campanato/ABr)
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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2014 às 15h41.

São Paulo - O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, deixou evidente nesta segunda-feira, 19, que o governo brasileiro será mais rigoroso na fiscalização acerca da qualidade do serviço prestado pela Infraero nos aeroportos do país.

De acordo com o ministro, é fundamental que os contratos assinados no país sejam respeitados.

"A Infraero, como operadora, assina um contrato com governo federal o que prevê o bom desempenho dos aeroportos que estão sob sua responsabilidade. O prestador de serviço lê esse contrato e é preciso que haja o cumprimento desses contratos", afirmou Moreira Franco.

Embora afirme que a punição ao não cumprimento de contratos está em análise, o ministro destacou que a prioridade não é a simples aplicação de multas.

"É preciso acabar com a leniência. O objetivo não é punir, mas sim fazer com que os contratos sejam cumpridos. É nocivo para o país e para a própria Infraero o não cumprimento de obras, como estamos vendo agora", afirmou Moreira Franco sem citar diretamente um caso específico.

A ampliação do aeroporto de Fortaleza, por exemplo, é um caso emblemático de atraso de cronogramas, com efeito direto no atendimento dos turistas que viajarão pelo País durante a Copa do Mundo.

O executivo destacou que a Infraero não é mais a única operadora de aeroportos do país e o cumprimento de contratos é fundamental para que haja um tratamento igualitário entre todas as empresas do setor.

"Temos vários outros operadores, que são os concessionários, e todos devem ter o mesmo tipo de tratamento e fiscalização. Todos têm a obrigação de cumprir contratos", reforçou.

Copa

Moreira Franco destacou que o Brasil tem condições para atender a demanda esperada durante a Copa do Mundo.

Segundo ele, o movimento durante esse período seria comparável ao fluxo de passageiros em datas especiais, como o final do ano.

"A infraestrutura aeroportuária que temos hoje atenderá perfeitamente a demanda, não só de movimentação interna como também de estrangeiros para a Copa", afirmou.

Às vésperas da Copa, o número de obras concluídas se intensifica. Amanhã, segundo Moreira Franco, o novo terminal de Guarulhos, em São Paulo, será entregue oficialmente.

Na próxima quinta-feira, o ministro estará em Pernambuco, desta vez para autorizar a construção de um aeroporto privado de aviação civil na região metropolitana de Recife.

São Paulo – Um passageiro que esteja voando pela primeira vez no país pode levar um susto ao tomar um descompromissado café com leite no Aeroporto Santos Dumont , no Rio de Janeiro: R$ 7,25. Se ele ficar indignado e decidir evitar o Santos Dumont, optando pelo Galeão , vai ter que se contentar com uma porção de seis pequenos pães de queijo a R$ 7,70 neste segundo. Os preços dos aeroportos de todo o país parecem caros para qualquer bolso: a prova é que os valores cobrados são hoje a maior fonte de insatisfação dos passageiros, mostrou pesquisa da Secretaria da Aviação Civil divulgada nesta segunda. Os entrevistados tinham 41 indicadores para elogiar ou criticar, mas o mais mal avaliado foi o preço da comida. Não à toa, a Proteste foi a campo em 14 aeroportos que receberão passageiros da Copa este ano para levantar quanto se paga para comer. A intenção, no entanto, não foi fiscalizar os altos preços, mas as chamadas lanchonetes populares, que se tornaram uma política da Infraero desde 2012 e devem seguir os preços máximos estabelecidos pela estatal em 15 itens, tornando-se uma opção barata para os consumidores . A Proteste encontrou dois problemas principais: alguns desses novos locais não respeitavam os tetos em todos os produtos determinados, e para alguns alimentos não tabelados, os preços chegavam a ser maiores que nas lanchonetes convencionais. A Proteste pede maior fiscalização da Infraero com relação aos locais populares, além de pedir a instalação desses estabelecimentos nos aeroportos de Cuiabá, Manaus e Belo Horizonte , que ainda não os possuem. Apesar dos problemas, na maioria das vezes, os preços praticados são de fatos mais camaradas. O café com leite, citado no início deste texto, por exemplo, sai por R$ 2,60 em um desses estabelecimentos. Vale lembrar que os altos valores não são uma exclusividade dos aeroportos do Brasil e que costumam ser mais elevados também no exterior. Os comerciantes alegam ainda que precisam cobrar mais devido ao alto custo do aluguel em terminais aeroportuários. Veja a seguir os preços praticados em bares e cafés convencionais de aeroportos do país, e depois os valores das lanchonetes populares.
  • 2. Suco natural com água

    2 /13(Ramzi Hashisho / Stock Xchng/Divulgação)

  • Veja também

    Preço: R$ 8,00 Aeroporto de Congonhas (São Paulo)
    Preço na lanchonete popular: R$ 3,90

  • 3. Leite (300 ml)

    3 /13(Zsuzsanna Kilian / Stock Xchng)

  • Preço: R$ 4,80 Aeroporto Afonso Pena (Curitiba)
    Preço na lanchonete popular: R$ 1,20

  • 4. Brigadeiro

    4 /13(Rodrigo Senna / Flickr / Creative Commons)

    Preço: R$ 5,90 Aeroporto L.E. Magalhães (Salvador)
    Preço na lanchonete popular: R$ 1,80

  • 5. Misto-quente

    5 /13(Wikimedia Commons)

    Preço: R$ 10,00 Aeroporto Salgado Filho (Porto Alegre)
    Preço na lanchonete popular: R$ 4,90

  • 6. Pão com manteiga

    6 /13(Wagner Tamanaha / Flickr / Creative Commons)

    Preço: R$ 6,50 Aeroporto Afonso Pena (Curitiba)
    Preço na lanchonete popular: R$ 1,00 (não tabelado)

  • 7. Cerveja nacional (lata)

    7 /13(Quatro Rodas)

    Preço: R$ 6,90 Aeroporto Santos Dumont (Rio de Janeiro)
    Preço na lanchonete popular: R$ 8,75 (não tabelado) - mais caro

  • 8. Cappuccino (médio)

    8 /13(Getty Images)

    Preço: R$ 6,00 Aeroporto Pinto Martins (Fortaleza)
    Preço na lanchonete popular: R$ 6,00 (não tabelado) - igual

  • 9. Torta salgada (fatia)

    9 /13(Conanil / Flickr / Creative Commons)

    Preço: R$ 8,25 Aeroporto L.E. Magalhães (Salvador)
    Preço na lanchonete popular: R$ 9,90 (não tabelado) - mais caro

  • 10. Brownies

    10 /13(jeffreyw / Flickr / Creative Commons)

    Preço: R$ 4,50 Aeroporto de Congonhas (SP)
    Preço na lanchonete popular: R$ 6,75 (não tabelado) - mais caro

  • 11. Empanadas

    11 /13(Rebecca T. Caro / Flickr / Creative Commons)

    Preço: R$ 3,60 Aeroporto Galeão (Rio de Janeiro)
    Preço na lanchonete popular: R$ 6,50 (não tabelado) - mais caro

  • 12. Fritas (porção)

    12 /13(Ulrik De Wachter / Stock Xchng)

    Preço: R$ 18,50 Aeroporto Salgado Filho (Porto Alegre)
    Preço na lanchonete popular: R$ 10,00 (não tabelado)

  • 13. Agora, veja os aeroportos que mais deixam os passageiros em pé ao lado da esteira

    13 /13(Infraero/Divulgação)

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