Governo não quer piso para empresas da União no pré-sal
O governo não aceita que o Senado aprove um projeto de lei que fixa um piso de 60 % para a parcela de óleo oferecida pelas empresas à União nos leilões do pré-sal
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2013 às 17h08.
Brasília - O governo não aceita que o Senado aprove nesta terça-feira um projeto de lei que fixa um piso de 60 % para a parcela de óleo oferecida pelas empresas à União nos leilões do pré-sal, e os senadores devem derrubar essa proposta aprovada pela Câmara na semana passada, disse a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
A regra relacionada aos leilões do pré-sal foi incluída no texto aprovado pelos deputados que alterou o projeto de lei do Executivo que originalmente destinava a aplicação integral dos recursos dos royalties do petróleo das futuras concessões para a educação.
A fixação de um piso de óleo para ser ofertado ao governo provocou insatisfação entre os investidores do setor de petróleo e dentro do próprio Ministério de Minas e Energia.
Segundo o secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins, a fixação da parcela de óleo tira a flexibilidade do governo na elaboração dos leilões.
"Isso vai ser derrubado. Isso é mexer na lei do petróleo", disse nesta terça-feira a ministra Ideli à Reuters, ao ser questionada sobre essa mudança aprovada na Câmara.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, também afirmou que o governo é contra essa mudança e que "isso não pode estar previsto na lei".
O projeto aprovado na Câmara difere da Lei da Partilha, que atribui à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e ao Ministério de Minas e Energia, passando pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a definição das regras dos leilões do pré-sal, inclusive o mínimo de óleo que deverá ser oferecido à União.
Pelo regime de partilha, ganha a licitação de áreas de exploração do pré-sal quem oferecer a maior parcela de petróleo (após serem descontados os custos) à União. As empresas que disputarão a licitação ainda deverão pagar o chamado bônus de assinatura, que deverá ser de ao menos 10 bilhões de reais.
Se o Senado realmente derrubar essa mudança feita pelos deputados, a Câmara ainda poderá dar a última palavra sobre o tema, já que qualquer alteração feita no texto ainda terá que ser analisada novamente pelos deputados.
O governo separou a área de Libra, a maior reserva de petróleo já descoberta no Brasil, para leiloar na primeira rodada de licitações da camada pré-sal.
O primeiro leilão de área de exploração do petróleo do pré-sal está previsto para 22 de outubro.
Brasília - O governo não aceita que o Senado aprove nesta terça-feira um projeto de lei que fixa um piso de 60 % para a parcela de óleo oferecida pelas empresas à União nos leilões do pré-sal, e os senadores devem derrubar essa proposta aprovada pela Câmara na semana passada, disse a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
A regra relacionada aos leilões do pré-sal foi incluída no texto aprovado pelos deputados que alterou o projeto de lei do Executivo que originalmente destinava a aplicação integral dos recursos dos royalties do petróleo das futuras concessões para a educação.
A fixação de um piso de óleo para ser ofertado ao governo provocou insatisfação entre os investidores do setor de petróleo e dentro do próprio Ministério de Minas e Energia.
Segundo o secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins, a fixação da parcela de óleo tira a flexibilidade do governo na elaboração dos leilões.
"Isso vai ser derrubado. Isso é mexer na lei do petróleo", disse nesta terça-feira a ministra Ideli à Reuters, ao ser questionada sobre essa mudança aprovada na Câmara.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, também afirmou que o governo é contra essa mudança e que "isso não pode estar previsto na lei".
O projeto aprovado na Câmara difere da Lei da Partilha, que atribui à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e ao Ministério de Minas e Energia, passando pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a definição das regras dos leilões do pré-sal, inclusive o mínimo de óleo que deverá ser oferecido à União.
Pelo regime de partilha, ganha a licitação de áreas de exploração do pré-sal quem oferecer a maior parcela de petróleo (após serem descontados os custos) à União. As empresas que disputarão a licitação ainda deverão pagar o chamado bônus de assinatura, que deverá ser de ao menos 10 bilhões de reais.
Se o Senado realmente derrubar essa mudança feita pelos deputados, a Câmara ainda poderá dar a última palavra sobre o tema, já que qualquer alteração feita no texto ainda terá que ser analisada novamente pelos deputados.
O governo separou a área de Libra, a maior reserva de petróleo já descoberta no Brasil, para leiloar na primeira rodada de licitações da camada pré-sal.
O primeiro leilão de área de exploração do petróleo do pré-sal está previsto para 22 de outubro.