Governo Lula quer baratear acesso à internet por famílias de baixa renda
Ex-ministro Paulo Bernardo, que atua na transição, diz que objetivo é diminuir preço de pacotes de banda larga. Entre as opções estão redução de impostos e pagamento extra para quem ganha Auxílio Brasil
Agência O Globo
Publicado em 11 de dezembro de 2022 às 11h36.
Última atualização em 11 de dezembro de 2022 às 11h45.
A equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está estudando formas de baratear o acesso à internet. De acordo com o ex-ministro Paulo Bernardo, que atua no grupo de comunicações na equipe de transição, o foco será diminuir o preço dos pacotes de banda larga domiciliar, especialmente para as famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), porta de entrada dos programas sociais do governo.
O plano foi divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmado pelo GLOBO. Segundo Bernardo, que foi ministro das Comunicações no governo de Dilma Rousseff (PT), Lula solicitou um programa nos moldes do Luz para Todos, que ampliou o acesso à energia elétrica.
— Nós estudamos formas de baratear os pacotes de serviço, com foco na banda larga domiciliar, com fibra ótica. Estamos sugerindo começar por aí. Pelo que pesquisamos e ouvimos de vários setores, inclusive provedores de internet, há muita infraestrutura, não precisamos investir em construção. A ideia é ver a melhor maneira de baixar o preço, que acaba sendo um obstáculo para o acesso — afirmou o ex-ministro ao GLOBO.
De acordo com Bernardo, algumas alternativas estudadas são a redução de impostos e um pagamento extra no Auxílio Brasil (que deve voltar a se chamar Bolsa Família).
— Nós estamos botando o foco nas famílias que estão no CadÚnico. Se conseguirmos baixar o preço, aumenta o acesso. Isso pode ser com redução de impostos ou com uma ajuda extra no Bolsa Família.
O ex-ministro ressaltou, contudo, que ainda é preciso ouvir outras áreas e que as discussões só devem avançar depois da posse de Lula, em janeiro.
— Não é um programa ainda, porque não daria tempo de fazer. Além disso, é preciso ouvir outras áreas. Então o programa mesmo será discutido no governo, a partir de janeiro.
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